Diácono Benedito Pedro (In Memoriam)
Um diácono feliz: esse seria um epitáfio muito apropriado ao já saudoso amigo Benedito Pedro Toledo de Oliveira, falecido aos 63 anos de idade, na noite de 20 maio, devido a problemas cardíacos. Muito devoto da Mãe de Jesus, foi acolhido na vida eterna pelas mãos desta, neste Ano Jubilar Mariano pelos 300 anos da devoção de Nossa Senhora Aparecida e também neste mês marcado pelo centenário da devoção à Nossa Senhora de Fátima.
Conhecemo-nos no início deste século quando eu, recém-formado em Jornalismo, atuava no jornal diocesano O Verbo. Ordenado diácono permanente em 1990, Benedito Pedro constantemente entrava em contato comigo para divulgar a construção da nova Igreja Matriz de sua comunidade, a Paróquia São João Bosco, situada no Bairro Eloy Chaves, em Jundiaí. Enviava-me sempre uma penca de fotos, muitas mesmo, além de informações.
Aliás, quem ignorava sua predileção por fotografia? Qualquer encontro, fortuito ou não, era motivo para mais um clique. Nos álbuns e lembranças desta vida, quantas e tantas pessoas posaram e sorriram ao lado dele? Inúmeras! Várias! E que ótima acabou sendo essa providência do querido amigo, uma vez que agora tais recordações é que nos consolarão por sua forçosa ausência...
O diácono Benedito Pedro foi uma figura rara. Feliz em tudo, sempre espalhando simpatia por onde passava. Feliz ao celebrar, feliz em estar com o povo. Feliz ao anotar minuciosamente em seus arquivos cada batizado, cada casamento celebrado. E não se importava com as pessoas incapazes de compreender as razões de tantas e tamanhas felicidades num homem só. Era um homem perspicaz, crítico e antenado, mas nunca amargo. Digo e repito: figura rara.
Os que tivemos a dádiva de conhecê-lo lembraremos dele assim: um diácono abençoado, que deixou marcas de alegria nas nossas vidas. E a alegria maior dedicamos a Deus, pelo privilégio de ter tão nobre pessoa como um presente, para sempre, em nossas lembranças.
Benedito Pedro foi para a morada eterna também com saudade de todos nós, mas feliz, assim acredito. Pois não há como encontrar o Cristo face a face sem encontrar-se com a felicidade plena, aquela que as coisas deste mundo não conseguem abalar. Não há como ouvir do próprio Cristo: "Vinde, bendito de meu Pai! Recebe a tua herança!", sem gozar da alegria eterna e sem fim.
A sensação de perda é a primeira que sentimos. Porém, na verdade ganhamos mais um intercessor no Céu. Entre tantas lembranças, ficam o exemplo e o amor que dedicou a todos. Ninguém morre de verdade enquanto permanece vivo em nossa mente e coração.
Na pessoa de sua viúva, dona Ieda, solidarizo-me com os meus mais sentidos pêsames com todos os familiares e amigos, na promessa de que não faltarão orações para que superem com serenidade e fé este momento de tristeza e luto. Pela fé que professamos, sabemos que a certeza maior é a do nosso alegre e futuro reencontro no Céu. E quão alegre será esse reencontro na eternidade, quando essa for a vontade do Senhor Nosso Deus!
Descanse em paz e até breve, nosso mui querido Diácono Benedito Pedro! Vá preparando a sua câmera para o nosso próximo clique, com flash ou sem. Amém.