Do que os adolescentes precisam?

Ser adolescente é difícil. As pessoas dizem para eles o tempo todo o que fazer, aonde ir, quanto tempo eles podem ficar e a aparência que eles devem ter. Tudo na vida deles muda de uma só vez.

Seus corpos estão mudando, os hormônios estão a mil, eles mesmos tentam entender seus desejos sexuais e acabam ficando confusos sobre o que fazer com a maneira como se sentem.

Quando uma criança passa para a fase da adolescência, ela (e) transita do pensamento concreto para uma forma mais abstrata de raciocínio. Esta nova capacidade permite que o adolescente comece a formar novas percepções e mude através de outras questões críticas.

Mesmo quando não existe quase nenhuma dificuldade em casa, um adolescente comum passa por um estágio de “empurra/puxa” (resolução de conflitos) com seus pais. O jovem começa a questionar os valores de seus pais e eventualmente forma seus próprios valores.

Na medida em que o adolescente se distancia da sua família, ele começa a se voltar para seus colegas para encontrar um novo ponto de referência e valor. Amigos do mesmo sexo oferecem a oportunidade para um ensaio de uma maior intimidade para se estabelecer normas de relacionamentos (para melhor ou pior).Quando o adolescente volta sua atenção para o sexo oposto, a dança confusa do jogo do namoro freqüentemente o deixa se sentindo incapaz e constrangido. Sentir-se deste jeito pode fazer com que o adolescente chegue à escola desesperado em busca de aceitação e amor.

Com todas estas mudanças acontecendo em suas vidas, como podemos esperar que jovens sobrevivam sem o nosso amor e apoio? Adicione a tudo isto, as exigências acadêmicas impostas a eles e a necessidade do amor e apoio dos adultos tornam-se, então, cruciais para os jovens do século 21.

Conforme o adolescente cresce e experimenta as diversas formas de se relacionar com o mundo, podemos observar grandes mudanças de atitudes e comportamentos se desenvolverem também. Apesar destas atitudes e comportamentos aparecerem de várias maneiras diferentes, a maioria dos adolescentes adota um tipo de comportamento básico em sua tentativa de conseguir o amor e atenção de que precisa e deseja.

Na tentativa de conseguir entender e simplesmente de sobreviver no mundo em que estão vivendo, jovens começam a assumir papéis que podem transparecer em casa ou nas salas de aula. As quatro categorias a seguir são usadas para descrever estes papéis, desenvolvidas por Virginia Satir e outros profissionais da área.

O Herói

Heróis são super capazes e tentam conseguir amor através do que fazem, alcançam e agradando as pessoas. Eles sempre parecem estar competindo pelo nosso amor e atenção. Como professor ou pai, é difícil evitar o favoritismo a estes jovens ou recompensar seu comportamento com atenção extra e elogios. John Bradshaw se refere às pessoas que agem assim como “fazedores humanos”.

As necessidades dos “Heróis”:

·     O Herói precisa ser visto não pelo seu desempenho, mas por quem ele realmente é.

·     O Herói precisa saber que lhe é permitido cometer erros.

·     O Herói precisa ser visto e tocado por motivo nenhum.

A criança brava/Bode Expiatório

O Bode Expiatório se comporta como se não se importasse com o que você pensa sobre ele. Externamente, o Bode Expiatório sempre parece estar bravo e desafiador. Na maioria das salas de aula, o Bode Expiatório requer uma quantidade grande de atenção e disciplina. Como pai e professor, é freqüentemente difícil ver o lado bom desses jovens. Sempre nos vemos perdendo a paciência e tendo reações que nos desagradam com eles. Quando isto acontece, o Bode Expiatório consegue atingir seu objetivo. Ele consegue provar que não somos melhores do que ele.

As necessidades do “Bode Expiatório”:

·     Ele precisa que vejamos nele ou nela aquilo que ele ou ela não consegue enxergar em si mesmo.