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Publicado: Sábado, 17 de março de 2007

Dois Mestres do Jornalismo Católico

Dois Mestres do Jornalismo Católico
Há pouco tempo perdemos dois baluartes da imprensa católica interiorana: João Antonio Motta Navarro e Ednan Mariano Leme da Costa. João Navarro faleceu em 27/12/2006, após rápida enfermidade. Não suportou viver sem a sua consorte de “omnes vitae”, Nenita Navarro falecida no ano anterior. Durante mais de quarenta anos o casal de jornalistas católicos, além de dedicados à diversas pastorais da comunidade da Candelária, onde J. Navarro era diácono, colaboravam com entusiasmo neste semanário.
 
Navarro era o Redator-Chefe e disso cumpria o papel da melhor maneira, pois mais de uma vez observou alguma impropriedade ou sugeriu eventual alteração nos textos deste escrevinhador. Ednan, falecido em 12/1/2007, só com sua venerável presença, responsabilizando-se pela A Federação, como jornalista profissional, enchia a casa de respeitável honorabilidade, dado a profissão que exerceu com competência e dedicação, por longo tempo.
 
Temos de dizer algumas palavras em homenagens a esses colegas e amigos que durante muitos anos foram companheiros de jornadas e dos quais me recordo de suas presenças, geralmente acompanhados de suas digníssimas esposas, sendo que Benedita Silveira faleceu também poucos meses antes de Ednan. E acredito que nada seja melhor do que nos referirmos as efemeridades da vida que os nossos dois venerandos companheiros desfrutaram com verdadeira sabedoria cristã.
 
Não se preocupavam com a velhice, se dedicavam com toda dedicação à atividades úteis à comunidade e para as quais se encontravam plenamente capacitados.Nossos amigos partiram para a eternidade , deixando para trás todas as preocupações mundanas. Nós outros, porém, talvez num excesso impessoal de estoicismo, não poderíamos deixar de relembrá-los, porém, da convivência saudável e amiga, com justiça precisaríamos realçar, alguns dos seus valiosos trabalhos.
                           
Há um espírito religioso, impregnado de falsa humildade, que não permite se elogie em vida o companheiro de trabalho, para não se ouvir dizer que há recíproco jogo de incensos. Depois de morto, segundo esse falso princípio, também não se recomendam elogios, pois as impessoais finalidades da empresa ou do grupo deve se encontrar acima de lamentações ou choradeiras.
 
Data vênia, porém, entendo hipócritas tais posicionamentos, pois a verdade deve sempre prevalecer e a caridade, ou seja, o apregoado amor, que tanto se fala hoje, tem excelente oportunidade de ser vislumbrado e exemplificado por insignificante que seja a manifestação. Dentro desse espírito de entendimento, vai essa minha pequena homenagem a esses dois valorosos companheiros, bastiões na intransigente defesa dos tradicionais ensinamentos cristãos e católicos, profundamente enraizados nas gerações dos anos, 20, 30 e 40 do século passado.
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