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Publicado: Sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Dois Mil Inove

Gostei da inovação quanto ao que sugere à denominação do novo ano. Inovar, inovação. Quer-nos parecer que as inovações são constantes, parafraseadas na célebre frase de Heráclito de que nunca se pode banhar duas vezes na mesma água de um rio. Entendi, então, que o inovar sugerido representa um apelo diferente, realmente forte, para que façamos alterações substanciais ou necessárias em nossas vidas.
 
Também não precisamos mudar tudo, como novos hábitos alimentares para aproveitar sementes de melancia, melão, cascas de abacaxi, banana, laranja, transformadas em farinhas de riquíssimos nutrientes vitamínicos, etc. Mas, podemos colaborar, em outros e diversos setores como na melhora do ambiente social quanto ao seu aspecto de trajes e vestimentas, pois é extremamente vexatório constatar que descontraídos cidadãos e cidadãs se vistam inadequadamente em respeitáveis ambientes como em igrejas, em reuniões solenes de escolas, clubes, etc. Afinal, elegância e boas maneiras são para todos e a forma de vestir-se deve levar em conta o local onde se vai apresentar, ou seja, há necessidade de se respeitar o padrão normal das etiquetas tradicionais.
 
Pessoalmente estou entusiasmado, ansioso para o desenrolar de 2009. Como os problemas próprios continuam complicadíssimos, entendo oportuno deixá-los de lado e direcionar o artigo sobre tema mais genérico e importante, qual seja o da distribuição de renda.
 
O governo está cansado de saber que o Brasil é um dos países do mundo com maior carga tributária e que somente a redução da mesma, nem que seja em gotículas, como aconteceu há pouco com a alíquota do imposto de renda, para determinadas faixas de contribuintes, possibilitará a elevação do ganho “per capita”, especialmente dos menos favorecidos. Mas, na sua voracidade, insiste em criar novos tributos (contribuição para a saúde), reajustar as alíquotas dos existentes, acenando demagogicamente com novas frentes de trabalho e abundante geração de empregos.
 
Volta e meia apregoa a diminuição do nível da pobreza e alardeia que a crise mundial não afetará o país “solidamente” estruturado em gestão financeira admirável. Efetivamente, se bem refletirmos, não cogita, de melhorar a renda dos sacrificados brasileiros que carregam o país nas costas com os minguados salários mínimos, juntos com aqueles outros que percebem entre 1000 e 4500 reais (47% da população), felizes porque plenos de entusiasmo juvenil.
 
O atual governo, realmente, só beneficiará todo o povo, quando promover efetiva melhora na distribuição de renda, deixando, portanto, de criar ou de elevar qualquer imposto. Como estamos iniciando mais um ano, aguardemos com esperança essa possibilidade, fazendo votos que o festejado presidente Lula “inove”, para tanto, relembrando sua origem simples, humilde e da sua intensa atividade política (antes da presidência), dedicada a fazer reivindicações para o trabalhador, e assalariados.
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