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Publicado: Quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Educação - O futuro com os pés no passado

Crédito: banco de imagens Educação - O futuro com os pés no passado
"Há professor que não faz uso desse rico recurso"
Vivemos numa sociedade que se modifica a cada dia. Mudanças estas que ocorrem em razão da velocidade que a sociedade formada em rede, caminha.
 
Você que está inserido nesta sociedade tem mais facilidade em acompanhar a evolução constante dos recursos que a cada dia são disponibilizados no mundo virtual, podendo e devendo interagir para se manter atualizado.
 
Você que ainda não se integrou ao ciberespaço deve já ter sentido alguns sinais de isolamento e exclusão.
 
Ao analisar o caminhar a passos largos e apressados da sociedade em rede e do caminhar lento da Educação para se integrar a essa nova realidade, pude constatar o quanto a Educação foi e é resistente à aceitação de “novidades” que levam a uma evolução pedagógica. 
 
Há comportamentos que sempre foram deixados de lado em sala de aula e que se tivessem sidos incorporados ao dia a dia letivo, hoje contribuiriam e muito para o seu ingresso ao ciberespaço. 
 
Podemos citar como um dos exemplos o “trabalhar em grupo”. São poucos os professores adeptos do trabalho em grupo.
 
Não estou me referindo àquele trabalho no qual cinco componentes se reúnem, um na casa do outro, para pesquisar e montar um trabalho cujo o tema foi o professor quem escolheu.
 
Estou sim enfocando o trabalho em grupo colaborativo diário. Aquele onde um não tem a intenção de se sobressair mais do que o outro e muito menos de prejudicar e “esconder” alguma dica que seria fundamental para a aprendizagem.
 
Me refiro a integração e interação entre pessoas com objetivos comuns. No comportamento o qual um aluno auxilia o outro na aprendizagem. Muitas vezes, o colega ao explicar usando uma linguagem comum, favorece a aprendizagem.
 
Ao nos determos mais um pouco na análise vemos que este comportamento colaborativo está longe de acontecer inclusive entre os professores que escondem dos colegas idéias que poderiam ser aplicadas em diversas classes de uma mesma escola.
 
E os jogos e brincadeiras como ferramentas de aprendizagem?
 
Muitos professores ainda não fazem uso desse recurso tão rico. Aplicam raramente e como diversão, sem nenhum enfoque pedagógico.
 
Estes conceitos precisam ser mudados urgentemente, pois o espaço virtual é comunitário, compartilhado e colaborativo. Além do mais, como diz Paulo Freire, “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”
 
Sábio Profeta!
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