Publicado: Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Escola para malvados e bandidos
Malvadeza e crime se encontram tão entranhados, banalizados e tolerados pela sociedade, que praticamente seria oportuno se criarem escolas para orientarem “tais caracteres vocacionados” no sentido de serem “educados”, a procederem sem a desproporcional violência que andam praticando.
Querem roubar um carro, efetuar seqüestro relâmpago, que o façam da maneira mais polida possível, sem matar o seu proprietário ou motorista. Sigam conselho de renomado político que disse, há alguns anos, a respeito de certo crime: “estupra, mas não mata”.
Estamos mergulhados nessa terrível problemática que todos sabem, mas ninguém quer resolver. Realmente, não é fácil porque há enormes interesses econômicos em jogo, e todos vão deixando para “o outro” e esse outro, se e quando surgir, será como um semideus, tais as medidas antipáticas que deverá tomar, como bloquear toda a grade televisiva que deforma ou deseduca crianças e adolescentes.
Todos sabem que educar exige bons, nobres e elevados ensinamentos como também se torna imprescindível criticar, esclarecer e combater os maus procedimentos. Tais procedimentos, hoje plenamente difundidos pelos meios midiáticos, especialmente pela tevê, que direta ou indiretamente fazem permanente apologia dos crimes, das drogas e de todo mau comportamento humano.
Em Campinas, nos dias 30 e 31de outubro (2007) ocorreram dois estúpidos assaltos por jovens, de 18 a 23 anos, abalando a sociedade e enlutando duas famílias de maneira bárbara. Uma enfermeira de 51 anos, assaltada em seu carro próximo a um shopping, que não reagiu e se assustou, estupidamente recebeu tiro na cabeça, falecendo a caminho do hospital.
No dia seguinte, foi a vez de um cidadão de 60 anos ser assaltado, possivelmente pelos mesmos bandidos, na garagem da sua casa, também recebendo tiro na cabeça, permanecendo gravemente ferido. Onde nos encontramos, minha gente! Porquê tanta violência se cuidamos até exageradamente em preservar a vida e de repente, marginais desprovidos de quaisquer sentimentos, a exterminam como se a morte fosse descartável, plenamente insignificante? O que é preciso ser feito para exterminar essa violência toda? Não basta construir mais presídios e equipar a polícia com modernos e poderosos armamentos.
O principal e primordial é educar. Não construindo escolas para bandidos como ironicamente o título do artigo parece sugerir, mas educando infância e juventude desde os primórdios, com a indispensável doutrinação da moral cristã, sintetizada nos preceitos do Decálogo. Enquanto não se levar a sério essa insubstituível necessidade, teremos de conviver com a violência, em formas cada vez mais ousadas e de atordoantes surpresas.
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