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Publicado: Terça-feira, 1 de julho de 2014

Falta Água, Mas Não Falta Fé

Crédito: Internet Falta Água, Mas Não Falta Fé
Quem não vota direito, tem que rezar muito depois.

Confesso a Deus Pai, Todo Poderoso, e a vós irmãos e irmãs: não sou especialista em assuntos pluviométricos ou fluviométricos; não tenho estudos nas áreas de Geologia ou Administração; de uma coisa apenas sei: chega a ser vergonhoso o estado de calamidade em que se encontra a cidade de Itu devido à falta de água nas torneiras da população.

Até onde sei, faltar água em Itu é uma questão histórica. Desde sempre a nossa região sofre com períodos mais ou menos prolongados de estiagem. Na história ituana, de tempos em tempos foram necessárias soluções em forma de investimentos. Mas o que se vê hoje em dia parece um caso sem fim.

Não repetirei aqui as falas de várias pessoas que me relataram seus dramas particulares por causa da falta d’água. Estes são mais que conhecidos ultimamente e alguns chegam a ser reproduzidos pela Imprensa. Fato é que, neste 2014, o clima vem atípico desde janeiro, quando não tivemos as tais chuvas de verão. E a estiagem, que deveria começar apenas agora, já vem afetando a vida do povo desde o mês de fevereiro.

Algo me diz que a culpa não pode ser de São Pedro. Algo me diz que a culpa não pode (ou não deve) ser apenas da falta de chuva. Algo me diz que faltou algo. Talvez um bom planejamento? Talvez uma boa administração? Talvez mais investimentos, maiores ainda dos que os já feitos? Que venham os argumentos! Mas enquanto sair apenas ar das torneiras ituanas, nenhuma justificativa servirá para lavar louças e roupas, quanto menos para tomar banho.

Ao povo ituano, em curto prazo, não resta alternativa: sofrer e se virar sozinho, pois não há solução à vista. Se fosse mais mobilizada e unida, a população poderia exigir das autoridades “competentes” (sic!) que fossem fornecidos diariamente centenas de caminhões-pipa gratuitamente nos diversos bairros afetados.

Há uma solução em médio prazo: deixar de lado esta bobagem ineficaz de fazer protestinhos inócuos para a mídia e votar conscientemente nas próximas eleições de outubro e nas de 2016, exigindo dos candidatos propostas e ações concretas para se resolver de vez a questão da falta d’água em Itu.

Para os que acreditam em Deus, há ainda um último recurso: participar da procissão organizada para pedir o fim da estiagem em Itu, que acontecerá no feriado de 9 de julho, partindo às 9h do Cruzeiro do Largo São Francisco até a Capela da Santa Cruz. Falta água, mas não falta fé. O evento é organizado por católicos, mas ateus em desespero com a falta d’água também serão bem acolhidos.

Assim é: quem não vota direito, tem que rezar muito depois.

Amém.

 

 

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