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Publicado: Quarta-feira, 17 de maio de 2006

Fobia Paulistana

Foi uma onda de terror que tomou conta do Estado de São Paulo neste último final de semana. Pensei em um Tsunami psicológico. Uma onda enorme de sentimentos que pegou as pessoas de surpresa. Os fatos acabaram tornando propício o lançamento desta coluna sobre Saúde Mental. E, não por acaso, este o primeiro artigo tem como objetivo diferenciar medo, fobia e pânico.

Ter medo é muito saudável. Sem o medo, nos tornaríamos presa fácil para onças. Sentimos medo quando estamos frente a uma ameaça real de perigo. As informações transmitidas pelas rádios e emissoras de televisão sobre as queimas de ônibus e os assassinatos de policiais nos ofereceram os parâmetros; dados de realidade. Podemos dizer, portanto, que foi natural o medo que muitas pessoas sentiram, pois precisavam utilizar um ônibus para se deslocar. O medo é uma reação natural que nos proteje.

As fobias são causadas por ameaças imaginárias. Há quem sue frio ao passar perto de um pequeno e inofensivo gatinho, por exemplo. O comércio em São Paulo, ao baixar suas portas com receio de ataques e saques, sofreu de fobia, assim como aeroportos, fóruns, escolas etc. Não houve nenhuma informação oficial de ataque a bomba a qualquer espaço público que justificasse um medo real. Nem tão pouco foram anunciados saques. O que se passou foi uma ilusão de ato terrorista, provocada por maldosos internautas pouco acostumados com a ética socialmente estabelecida já que passam o dia todo convivendo com pares virtuais, jogando bombas uns nos outros. A imprensa sensacionalista também contribuiu.

Já o pânico aparece como sintoma de uma doença que é produzida por uma situação de extrema utilização de determinadas regiões cerebrais, o que leva ao desequilíbrio de substâncias presentes no cérebro conhecidas como serotonina e noradrenalina. As pessoas que apresentam este transtorno, sentem medo sem motivo aparente e não conseguem realizar tarefas simples do cotidiano. O tratamento se dá com uma combinação de medicação para restabelecer o equilíbrio bioquímico e psicoterapia para mudança de hábitos.

Nesse final de semana, o que era motivo de medo para alguns, se tornou fobia para muitos. Vamos retomar a calma e parar de acreditar em boatos, para continuar construindo um dia a dia mais saudável para todos nós.

Quero aproveitar ainda para fazer campanha declarada à minha sobrinha Polyanna Helen, finalista do Programa Ídolos do SBT, que precisa do seu voto para ter seu talento reconhecido. Ela aparecerá na sua televisão na quarta-feira (17/05/06) às 21h45 e na quinta-feira (18/05/06) às 22h15. Quem assistir, gostar e puder votar, ficarei grato. Coragem, Polyanna!

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