Publicado: Quarta-feira, 21 de março de 2007
Funcionalidade da semente de linhaça
Evidências sobre o cultivo da linhaça podem ser encontradas há séculos, com relatos de 6.000 anos a.c. Atualmente, nas sociedades ocidentais, o uso da semente de linhaça na dieta humana tem sido crescente pelos benefícios encontrados.
No Brasil, o cultivo de linhaça é realizado basicamente em somente uma região, que apresenta condições favoráveis para seu cultivo, Guarani de Missões, cidade do Rio Grande do Sul, que se localiza a 100 Km da Argentina. Este local apresenta o clima frio necessário para a floração do linho (0ºC a –2ºC). O objetivo deste cultivo não é mais obtenção da fibra, utilizada antigamente na confecção de roupas, e sim, a semente: linhaça. A semente de linhaça é comumente encontrada na forma de grão integral, em pó, ou óleo, em tonalidades que variam de marrom à dourada.
A semente de linhaça contém, em sua composição química, 41% de gorduras, 28% de fibras dietéticas, 21% de proteína, além de vitaminas, minerais e carboidratos. O óleo da semente de linhaça é o único que apresenta 73% de ácidos graxos poliinsaturados, 18% de ácidos graxos monoinsaturados e 9% de ácidos graxos saturados, além de ser reconhecida fonte do ácido graxo Omega – 3 (n-3), o qual corresponde aproximadamente 55% do total de ácidos graxos.
A porcentagem de n-3 na semente de linhaça é 5,5 vezes maior do que o encontrado nas nozes e no óleo de canola, duas outras importantes fontes deste nutriente.
Alguns dos efeitos cardioprotetores da linhaça são atribuídos à fibra solúvel, conhecida como mucilagem, que compreende 25% da fibra dietética total disposta neste alimento.
O caminho pelo quais as fibras solúveis reduzem o colesterol total e o LDL-c (conhecido popularmente como “colesterol ruim”) tem sido previamente revisado e inclui esvaziamento gástrico e alteração do tempo de trânsito gastrintestinal, interferência na fase de absorção das gorduras e aumento na excreção de ácidos biliares.
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