Funcionária Dilma: Demitida
Cento e oito dias depois de ser mandada para férias forçadas, a Funcionária Dilma foi finalmente demitida da Firma Brasil. A decisão veio atender aos anseios do Patrão Povo, deliberada por mais de três meses pelo Encarregado Congresso, pelo Gerente Senado e com supervisão do RH Supremo.
Ao cabo de muitas investigações, chegou-se à conclusão de que houve mesmo uma tremenda ingerência fiscal e administrativa. E, fique bem claro, a falta de tato político no convívio com os colegas, além de uma arrogância típica dos que se colocam acima das normas, também contou para a decisão.
Era ideal que ocorresse a demissão? Claro que não! A expectativa ao se contratar um funcionário é que ele permaneça em suas funções, executando-as bem e por longo tempo. Mas, neste mundo, nem tudo é perfeito. E, diante das imperfeições, são mais que necessárias as correções de rumo.
Quando expectativas são contrariadas, quando resultados não são obtidos, a solução é trocar pessoas em cargos-chave. Principalmente quando se comprovam fraudes e artifícios administrativos executados propositalmente para ocultar malfeitos. Por meses a Funcionária Dilma dizia que estava tudo bem, tudo sob controle. Até que, como a Firma Brasil descobriu depois, tudo não passava de simples discurso.
Com a soberba que, infelizmente, sempre teve como característica, a Funcionária Dilma não aceitou bem a demissão. Esbravejou verborragicamente e esperneou, dizendo ser vítima de um "golpe". Não aprendeu com os próprios erros. Não aceitou conselhos. Foi, na verdade, golpeada por si mesma.
Que será da ex-Funcionária Dilma, agora demitida? Há quem diga que ela planeja excursionar pelo mundo com o apelo mentiroso do "golpe", aquilo que os especialistas chamam de "o discurso dos derrotados", na esperança de que, ao contar mil vezes uma mentira, esta se torne verdade. Quem dera a ex-Funcionária Dilma gastasse tempo e recursos para se reciclar, fazer uma auto-crítica, melhorar sua retórica...
Para o lugar dela contrataram seu imediato na Firma Brasil: o Funcionário Michel, que já afirmou não desejar ser chamado de "presidento". Ele, porém, já tem data marcada para sair. Vai trabalhar por apenas mais dois anos. O Patrão Povo espera que faça um bom trabalho, pensando no bem maior de todos. Se bem que, perto do que se teve na gestão Dilma, qualquer mínima coisa já parecerá melhor.
Se o imbróglio todo serviu para algo, foi para mostrar que nenhum funcionário da Firma Brasil pode sentir-se imune às regras, fazer e desfazer as coisas a seu bel-prazer e brincar com nossa política econômica sem dar satisfações ao Patrão Povo. Que os próximos funcionários andem na linha. Porque senão, já sabem: vai ter demissão e não vai ser "golpe".
Amém.