Publicado: Terça-feira, 14 de junho de 2005
Garimpador de Raízes II
Continuando a história que contei na semana passada sobre o garimpador de raízes Mylton Ottoni, utilizo novamente este espaço para escrever sobre outras obras publicadas por sua editora, de valor ímpar para a preservação da memória ituana, escritas pelo pesquisador ituano Inaldo Cassiano da Silveira Lepsch.
Em um livro intitulado "Memórias da Caridade", ficamos sabendo sobre a história do centenário asilo Nossa Senhora da Candelária, além da biografia do seu fundador, Vigário Elisário de Camargo Barros.
Dentre os ituanos ilustres, um importante nome que será sempre lembrado graças à pesquisa de Inaldo é o de Bento Dias de Almeida Prado, mais conhecido por Barão do Itaim. A biografia deste ituano, que teve forte atuação na vida da cidade na segunda metade do século XIX, é minuciosamente retratada pelo autor. Dentre as diversas curiosidades que brotam do intenso trabalho de pesquisa, ficamos sabendo que o título de Barão foi recebido pelo Imperador D. Pedro II, em reconhecimento à alforria concedida a uma centena de escravos de sua fazenda, muito antes da Lei Áurea.
Quando passeamos hoje pela Rua Barão do Itaim, no centro da cidade, fico me perguntando quantos moradores sabem a história que existe atrás deste nome. E este livro é a oportunidade de perpetuar essa história.
Outro trabalho, extremamente importante, desenvolvido por Mylton Ottoni em parceria com Inaldo Lepsch foi o quinto volume da coleção "A Cidade de Itu". Mylton nos conta que quando recebeu os originais, pensava que eram apenas 4 volumes. Mas na verdade, Nardy Filho havia deixado pronto um quinto volume, porém não estava organizado. Graças ao empenho de Inaldo, que fez um trabalho maravilhoso de organização do material, foi possível sua publicação.
Esta parceria entre a editora e o pesquisador prepara caminho para o nascimento de mais um fruto ituano, que deverá ser lançado em 2005: a história do Conventinho, escrita por Nardy Filho, atualmente disponível em manuscrito, o que exige um intenso trabalho de "tradução". "Esta parceria se deve ao fato de Inaldo ser um pesquisador de grande capacidade interpretativa e de uma persistência beneditina", comenta Ottoni.
Esse exemplo de parceria, que na verdade ilustra os desafios do garimpador, é provavelmente uma das importantes razões de sucesso da Editora Ottoni, que foi escolhida pela Livraria Cultura como a editora de pequenas tiragens que melhor escolhe o conteúdo de suas publicações.
Desvendar Itu é um caminho inesgotável, graças ao trabalho de tantas pessoas que, através de suas ações nas respectivas áreas de competência, deixam sua marca e eternizam a história.
Em um livro intitulado "Memórias da Caridade", ficamos sabendo sobre a história do centenário asilo Nossa Senhora da Candelária, além da biografia do seu fundador, Vigário Elisário de Camargo Barros.
Dentre os ituanos ilustres, um importante nome que será sempre lembrado graças à pesquisa de Inaldo é o de Bento Dias de Almeida Prado, mais conhecido por Barão do Itaim. A biografia deste ituano, que teve forte atuação na vida da cidade na segunda metade do século XIX, é minuciosamente retratada pelo autor. Dentre as diversas curiosidades que brotam do intenso trabalho de pesquisa, ficamos sabendo que o título de Barão foi recebido pelo Imperador D. Pedro II, em reconhecimento à alforria concedida a uma centena de escravos de sua fazenda, muito antes da Lei Áurea.
Quando passeamos hoje pela Rua Barão do Itaim, no centro da cidade, fico me perguntando quantos moradores sabem a história que existe atrás deste nome. E este livro é a oportunidade de perpetuar essa história.
Outro trabalho, extremamente importante, desenvolvido por Mylton Ottoni em parceria com Inaldo Lepsch foi o quinto volume da coleção "A Cidade de Itu". Mylton nos conta que quando recebeu os originais, pensava que eram apenas 4 volumes. Mas na verdade, Nardy Filho havia deixado pronto um quinto volume, porém não estava organizado. Graças ao empenho de Inaldo, que fez um trabalho maravilhoso de organização do material, foi possível sua publicação.
Esta parceria entre a editora e o pesquisador prepara caminho para o nascimento de mais um fruto ituano, que deverá ser lançado em 2005: a história do Conventinho, escrita por Nardy Filho, atualmente disponível em manuscrito, o que exige um intenso trabalho de "tradução". "Esta parceria se deve ao fato de Inaldo ser um pesquisador de grande capacidade interpretativa e de uma persistência beneditina", comenta Ottoni.
Esse exemplo de parceria, que na verdade ilustra os desafios do garimpador, é provavelmente uma das importantes razões de sucesso da Editora Ottoni, que foi escolhida pela Livraria Cultura como a editora de pequenas tiragens que melhor escolhe o conteúdo de suas publicações.
Desvendar Itu é um caminho inesgotável, graças ao trabalho de tantas pessoas que, através de suas ações nas respectivas áreas de competência, deixam sua marca e eternizam a história.
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