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Publicado: Sexta-feira, 1 de abril de 2016

Gastando ou ganhando tempo com os filhos?

O futuro não é algo pronto!

A questão do tempo é cada dia mais preocupante. As frases populares são abundantes: "Tempo é dinheiro", "É preciso ter tempo para as coisas boas da vida". Na correria da vida moderna, o que mais se ouve é: "Não tenho tempo".

O fato é que passamos a vida adiando coisas importantes e saudáveis por “falta de tempo”, até chegarmos à triste conclusão: - Agora não dá mais tempo...”.

Filho dá trabalho. Porém isso é o que menos importa. Primeiro porque trabalho nunca matou ninguém, é uma bênção de Deus e dignifica o homem. Se fazemos o que gostamos e gostamos do que fazemos, então tudo é alegria e felicidade; caso contrário o trabalho poderá ser tornar um fardo muito pesado e até insuportável.

O homem não vive bem sem o trabalho. Como não reconhecer o valor de um trabalho bem feito, útil para si e para os outros?

Quanto mais nobre, mais importante a tarefa, mais trabalho dá...

Não há nada que realize e dignifique mais o homem que a nobre empreitada de criar e educar seus filhos. Nada mais natural e até intuitivo.

Nossos filhos, nossas preciosidades, precisam de nós, contam conosco acima de tudo e de todos. Quer trabalho mais útil e mais necessário? Merece ser bem feito.

Um outro ponto, talvez mais crucial e sufocante é o fato de que tudo dá trabalho e demanda tempo. Aqui o grande problema da vida moderna: a falta de tempo. Parece que o calendário mudou ou que a velocidade do mundo está contra nós; falta tempo, ninguém tem tempo para nada; faz-se tudo correndo, acorda-se mais cedo, deita-se mais tarde e, mesmo assim, não encontramos tempo... E aqui fica uma pergunta: será que temos realmente pouco tempo ou nós é que o administramos mal?; afinal, como diz o ditado - “tempo é uma questão de prioridade”. Seguindo essa lógica, como está classificada em nosso dia a dia a prioridade que damos ao tempo devido aos nossos filhos? Temos tido tempo para eles, ou lhes dedicamos apenas o tempo que eventualmente nos sobra? De que maneira está sendo substituída nossa ausência na vida deles? Trata-se de algo preocupante e, lembre-se, preocupação também dá trabalho... e consome tempo...

Mas afinal, cuidar dos filhos gasta ou economiza tempo? A resposta vai depender da extensão e do alcance, da faixa de tempo com que trabalhamos. Se pensarmos de modo imediatista, talvez não consiga encontrar motivação para gastar muito tempo com os filhos, concluindo ser mais importante naquele momento ou naquela fase cuidar do trabalho, do estudo, do conforto material, dos investimentos, etc. Fica para depois a atenção para os filhos.

Podemos descobrir mais tarde que tudo o que "ganhamos" lá atrás, vamos acabar "perdendo" mais adiante. Daí, sim, haja tempo para tentarmos recuperar ou consertar algo não realizado, perdido ou estragado.

Vale a pena, não gastar, mas dedicar tempo aos filhos, o máximo que pudermos; é um investimento, uma economia que trará seus rendimentos na hora certa. Uma hora negada agora poderá custar centenas ou milhares mais tarde.

Uma coisa é certa: o tempo que negamos aos nossos filhos vai fazer falta, mais cedo ou mais tarde, em maior ou menor ênfase, com maior ou menor prejuízo... Não espere nem pague para ver!

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