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Publicado: Domingo, 30 de setembro de 2012

Gratidão ao amor de cão

Crédito: Deborah Dubner Gratidão ao amor de cão
Wendy e Champ, ensinando sobre a prática do amor todos os dias.

Ontem mesmo conversava com minha família sobre o amor dos cães. O puro amor. Aquele incondicional, que não depende de sol ou chuva. O amor que se mostra escancarado sempre, independente de TPM, dor de cabeça, pressa ou mau humor. Não consigo imaginar minha vida sem estar nutrida por esse amor, que não vem apena dos cães, mas nos é ensinado por muitos animais da nossa convivência.

Esse sentimento é o tipo da coisa que não precisa explicar, porque quem sente, sente. É difícil passar imune aos seus olhinhos profundos que nos acompanham em cada gesto, emanando atenção e presteza. Se estamos apressados e passamos desatentos por sua presença, eles aceitam, abanando o rabinho mesmo assim e esperando o próximo momento. Se estamos tristes, eles nos olham como querendo dizer: estou aqui, sempre, e te amo. Se estamos bravos, eles se recolhem, esperando a tempestade passar, sem julgamentos ou reações adversas. Se estamos alegres, eles percebem e já buscam um jeito de ampliar nossa felicidade com uma bolinha pra brincar. Não há amor mais puro do que esse. Não há!

Quando chegamos em casa, a festa é sempre a mesma, não importa se ficamos fora 10 minutos ou 10 dias. Se arrumamos a mala pra sair, os olhinhos resignados mostram que eles já sabem que vão sentir nossa falta. Mas nem por isso nos tratam mal, reclamam ou ficam de mau.

O amor dos nossos animais é uma presença que ilumina e aquece, que está sempre viva, afirmando diariamente a importância da nossa existência. É nosso porto seguro, nossa certeza de que o amor existe. Podemos ser imperfeitos, ingratos, incoerentes, inconsistentes, inconstantes. Podemos simplesmente ser quem somos, porque o puro amor não tem regras ou expectativas, ele apenas existe como um perfume de flor, invisível e presente.

Celebrando o Dia do Cão, que é comemorado em 04 de outubro, agradeço profundamente a todos os seres especiais que passaram por minha vida, me amparando e me ensinando tanto sobre amor e aceitação. À minha primeira cachorrinha Doli (poodle), que eu ganhei com quatro anos e nunca esqueci. Ao meu grande amor Igor (Cocker Spaniel) que me viu menina até virar mulher, e a quem eu confidenciei todos os meus segredos de adolescente. Ao meu segundo grande amor Toulose (gato Sagrado da Birmânia) que me viu tornar-me mãe duas vezes, e que deitava em meus pés enquanto eu amamentava. E aos meus dois companheiros atuais: a querida Wendy (poodle), que me encara com olhinhos tão profundamente amorosos que estão além da minha capacidade de amar assim; e o mais feliz dos babões que eu conheço, o Champ (boxer), que entrou na minha vida de sopetão e trouxe tanta alegria para a nossa casa.

De criança a mulher, os recortes de minha memória formam um lindo quadro com todos eles, colorido por inesquecíveis momentos. Minha vida não seria completa sem isso. O tempo passa, vem a dor da separação, mas as marcas ficam tatuadas para sempre. Cada segundo de vida vale a dor da saudade. O tempo vai curando, e só o amor permanece. A todos esses seres tão significantes, minha profunda gratidão! 

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