Guerra ao terror
Não acompanhei a transmissão da entrega do Oscar, porque não tenho estômago para encarar o paredão do BBB que vem antes na grade de programação globífera. O jeito foi me informar pela internet mesmo, cada vez mais consolidada como a mídia mais democrática do planeta.
Houve pequenas surpresas, como o prêmio de melhor filme estrangeiro para “O Segredo dos Seus Olhos”. O futebol da Argentina pode não estar lá essas coisas, mas o cinema é muito mais evoluído do que o brasileiro. Terei que assistir a esse filme para concordar ou não com a Academia.
As grandes atenções da noite de premiação ficaram entre “Avatar” e “Guerra ao Terror”, com “Bastardos Inglórios” correndo por fora num estilo mais pop e alternativo. Concorrendo ao prêmio de melhor Direção, de verdade mesmo, só James Cameron com a maior bilheteria da história do cinema e sua ex-mulher, Kathryn Bigelow, com um filme psicológico bem ao gosto dos traumatizados norte-americanos.
Venceu Bigelow, levando seis estatuetas. De quebra, tornou-se a primeira mulher a vencer o Oscar de melhor Direção. Cameron levou apenas prêmios em categorias técnicas, mas deve estar conformado. Ele sabe que as ex-mulheres sempre vencem no final.
O bom do Oscar é pegar todos esses filmes no cinema ou na locadora, para conferir se são bons mesmo ou se tudo foi apenas uma questão da política de Hollywood. E pensar que “Guerra ao Terror” foi subestimado pelos produtores brasileiros: lançado somente em DVD no ano passado, ficou escondido e entrou em cartaz apenas em fevereiro deste ano nas salas de cinema brasileiras...
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