Hoje será o Ontem de Amanhã
Depois que um dia acaba ocorre exatamente o começo de outro e o anterior se denomina como Ontem.
Tem-se a essa altura pois a perspectiva do Amanhã.
Compreenda-se que o Ontem já não mais se faz suscetível de reforma ou modificação de qualquer espécie. Aconteceu e pronto.
O Amanhã então, por mais otimistas que sejam as esperanças, será sempre quimera. O Hoje é que vai dizer dele na hora certa. Por ora, suposições, se tanto.
Nessa triangulação se envolve a vida.
É no mínimo curioso de como o ser humano gravita nessa reviravolta contínua e procede como se tudo fosse eterno.
Bem, esse modo de proceder, talvez e no fundo, não esteja errado, uma vez que não lhe é dado adivinhar. Os ditos videntes que perdoem, mas essa de que alguém, este ou aquele, divisa o futuro e lota a imaginação de incautos pelos mais curiosos meios de enganação, não tem fundamento, nem especulativo, nem científico.
Fato concreto e acabado é que as horas, dias, meses, anos, décadas e séculos se enfileiram ao infinito e a humanidade, lado a lado com evoluções criativas e inspiradas de surpreendente progresso, não se entende.
Teima-se em ignorar que Deus existe.
Daí o inconsequente e imponderável dos passos que a humanidade dá, com tantos entreveros e, que surpresa, até por fundamentos de crença e religião. Isso porque até nessa área as pessoas se distanciaram e aqui e ali criaram divindades adequadas aos seus propósitos.
Para onde vai esta divagação? Há de se perguntar.
Vai para perto.
Aqui na frente de todos.
Caminha-se na direção da balbúrdia.
O desmando, a incongruência política, num país que já foi bem melhor.
Era bom – e me lembro – de quando o leiteiro e o padeiro deixavam tudo ali na porta.
Tampouco havia tanta gente com seus animaizinhos a sujar impunemente as calçadas, as dos vizinhos, claro.
E vai haver eleição municipal.
De novo.
Quá, quá, quá ...