Publicado: Quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Individualização da atividade física
A criação dos Jogos Olímpicos aconteceu próximo ao ano 884 a.C. Uma peste assolava a península helênica (onde hoje estão a Grécia, Albânia, Bulgária e parte da antiga Iugoslávia). O rei Iphotos, orientado pelo oráculo de Delphos, decidiu homenagear Zeus com a realização de jogos. Os jogos deveriam envolver os demais estados da península que, constantemente, guerreavam entre si.
Um tratado de paz foi assinado entre os reis Iphotos, Cleóstenes (de Pisa), e Licurgo (de Esparta). O local escolhido foi a planície Olímpia, junto ao monte sagrado.
As Olimpíadas aconteciam de quatro em quatro anos, e duravam em média seis dias, sendo disputada por todos os cidadãos, homens livres, reis e cavalariços, em igualdade de condições.A cronologia oficial dos Jogos Olímpicos começou em 776 a.C., com a decisão de gravarem em tabuletas os nomes dos heróis e vencedores dos jogos. Mas em 440 a .C. apareceram os primeiros sinais de profissionalismo nos jogos.
Do ponto de vista científico, os Jogos Olímpicos desde a antiguidade até a era moderna, podem ser divididos em 06 períodos distintos:
1º período da Arte – das Olimpíadas da Antiga Grécia (776 a .C.) até as I Olimpíadas da Era Moderna (1896 – Atenas)
2º período da Improvisação - da I Olimpíadas da Era Moderna (1896 – Atenas) até as VI I Olimpíadas (1920 – Antuérpia)
3º período do Empirismo - da VII Olimpíadas (1920 – Antuérpia) até as XV Olimpíadas Empirismo - (1952 – Helsinque)
4º período Pré-Científico - da XV Olimpíadas (1952 – Helsinque) até as XVIII Olimpíadas (1964 – Tóquio)
5º período Científico - da XVIII Olimpíadas (1964 – Tóquio) até as XXIII Olimpíadas (1984 – Los Angeles)
6º período Tecnológico – a partir das XXIII Olimpíadas (1984 – Los Angeles)
Durante os dois primeiros períodos (Arte e Improvisação), vencedores das competições eram aqueles que possuíam maiores recursos pessoais inatos. É no terceiro período, do Empirismo, que se observa um correto planejamento do treinamento. No período Pré-Científico são criados métodos de musculação e sistema de treinamento. É um período em que são registrados os primeiros ensaios científicos.
A partir das Olimpíadas de Roma (1960), os países do bloco socialista, comandados pela antiga União Soviética, passam a utilizar o esporte como meio de propaganda de seu sistema político, investindo milhões de dólares em pesquisa no desenvolvimento desportivo de seu povo. Por outro lado, os países ocidentais aceitam o desafio, nasce um novo campo de confronto entre os dois blocos antagonistas.
Toda esta determinação política, associada ao enorme volume de recursos postos à disposição do desporto competitivo de alto nível, provoca uma verdadeira revolução no Treinamento Desportivo, que pode ser definido como” um processo de especialização desportiva, na qual, sem prejudicar o desenvolvimento harmonioso da personalidade do indivíduo, tende ao máximo desenvolvimento de suas características físicas, psíquicas e educacionais que lhe asseguram a obtenção do melhor resultado”.
Devido ao avanço tecnológico, o Treinamento Desportivo evoluiu sobre bases científicas, dando origem aos Princípios Científicos do Treinamento Desportivo: individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, continuidade, relação intensidade x volume e especificidade.
Todo esse avanço científico possibilitou a quebra de inúmeros recordes, mas também otimizou a prática da atividade física por seres humanos comuns de uma maneira mais correta. Hoje em dia, a medicina preconiza a atividade física como parte do tratamento para indivíduos diabéticos, cardiopatas, hipertensos, no combate a osteoporose, o que não acontecia antes. Há alguns anos atrás, pacientes cardiopatas eram proibidos de exercer qualquer atividade física.
Sabe-se que todo ser humano necessita de um mínimo de atividade física diária, suficiente para estimular e manter as funções vitais em pleno funcionamento, para que possa desfrutar a vida com qualidade. O bom funcionamento de nosso organismo nos possibilita conviver com o desgaste natural que sofremos dia a dia.
Se não bastasse esse desgaste natural, convivemos com o stress da vida moderna.
A necessidade de que cada indivíduo tenha uma atividade física diária é evidente, entretanto existem muitas dúvidas quanto ao que se pode fazer, quanto e de que modo.
O primeiro passo é encarar cada pessoa como um ser isolado (princípio da individualidade biológica), isto é, um ser com características próprias, objetivos únicos, limitações e motivações. Posteriormente, através de uma metodologia de avaliação, podemos traçar o perfil de cada indivíduo: seu peso corporal, percentual de gordura corporal, levantamento de limitações. De posse desses dados fazemos o levantamento das qualidades físicas que serão trabalhadas (força, resistência, v
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