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Publicado: Segunda-feira, 8 de junho de 2009

Internet via rede elétrica e a inclusão digital

Internet via rede elétrica e a inclusão digital
A velocidade máxima pode chegar até 200Mbps
Uma grande novidade que ajudará na inclusão digital no Brasil é a possibilidade de internet banda larga através da rede elétrica, cujo sistema é conhecido como BPL (Broadband Powerline). Essa tecnologia dispensa a criação de uma estrutura externa considerada cara, por isso ajudará as regiões que hoje não tem o devido cabeamento.

No quesito internet, hoje é possível ter acesso a ela com conexão discada ou banda estreita e conexão de banda larga (ADSL, cabo, 3G, fibra ótica, via rádio e agora pela rede elétrica). Para melhor entendimento, descrevo abaixo as diferenças de cada uma:

Conexão discada ou banda estreita: essa conexão é a mais lenta disponível hoje para acesso. Ela foi muito usada no início da internet e atualmente com menos frequencia. Ela funciona através de um modem conectado no computador que fica ligado à linha telefônica, sendo assim o telefone fica ocupado. Sua velocidade é de no máximo 56kbps (kb por segundo).

Conexão banda larga: o acesso à internet é em alta velocidade, chegando a 256kbps, 512kbps ou superior. Com ela a linha telefônica não fica ocupada. Meios de conexões: ADSL, cabo, 3G, rádio, fibra ótica, entre outras.

A internet pela rede elétrica foi regulamentada recentemente pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e já está em fase de testes desde 2008 no Brasil. Estará disponível para ser comercializada no segundo semestre de 2009. Essa demora se explica pelo fato do acordo entre as empresas de telecomunicações e as concessionárias de energia elétrica não ter sido concretizado ainda.

A vantagem dessa conexão é surpreendente, porque depois de feito toda a instalação externa (que não cabe ao usuário final), é preciso ter o modem adequado na tomada que o acesso já é possível. Não precisa a instalação de novos cabos e nem a substituição da rede elétrica, exceto se ela estiver a ponto de se deteriorar. Outra grande vantagem é o aumento da concorrência, pois assim ganhamos também na possível melhoria das operadoras, com um preço mais vantajoso do que é hoje.

Segundo a AES Eletropaulo Telecom, responsável pela estrutura, a conexão funciona da seguinte forma: os dados são transmitidos do provedor de acesso para as redes de tensão, que têm modens externos instalados nos postes. Eles levam os dados até os usuários em suas residências ou escritórios. É possível realizar todo o tráfego de dados pela rede elétrica ou mesclar a estrutura com um sistema de cabeamento, por exemplo. Na transmissão “combinada”, os dados podem ir via cabo do provedor até a região de um prédio. A partir daí, se não houver mais estrutura de cabeamento, eles trafegam até os apartamentos via rede elétrica.

Para ter acesso pela tomada será preciso a aquisição de um modem e para quem mora em prédios, é preciso ter um conversor instalado na sua estrutura, além do modem interno.

A velocidade que a banda larga atinge é inacreditável. Pode chegar até 200Mbps (megabits por segundo). Ainda não estão definidos os valores dos pacotes de acesso, já que a velocidade máxima não será necessariamente disponibilizada aos usuários. O que está definido é que o valor da internet na conta de luz virá separado, já que ele não irá interferir no fornecimento de energia.

Vamos torcer para que ela seja disponível o mais breve possível. Nós internautas, agradecemos... a inclusão digital agradece mais ainda!

> Dica de vídeo

Veja o vídeo sobre a internet pela rede elétrica que foi produzido pelo Olhar Digital.
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