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Publicado: Sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Itu: continuar crescendo

Itu completa mais um ano de História. É momento daquela costumeira reflexão sobre o que ainda falta para tornar nossa cidade cada vez melhor. Exaltar as belezas da terra e as qualidades do povo, são coisas que faço no cotidiano. Em épocas festivas melhor é nadar contra a corrente, na linha da crítica construtiva.

Vinte anos atrás Itu contava com cerca de 107 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje conta com aproximadamente 155 mil habitantes. Ou seja, a cidade cresceu moderadamente. Tal expansão pode ser verificada principalmente na região do Pirapitingui, do bairro Cidade Nova e adjacências.

Não faz muito tempo, o bairro Cidade Nova era um conjunto de casas carente de tudo. É bom passar por ali hoje e verificar que há asfalto, água e luz, um comércio bem desenvolvido e a presença da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Há escolas e pronto-socorros, assim como creches. Há um belo ginásio de esportes e um Centro Administrativo. Os moradores da região podem usufruir até de um terminal de ônibus, coisa que só tem por lá.

Há muito que realizar ainda para que a região do Pirapitingui continue se desenvolvendo. Mas enquanto isso a porção central da cidade de Itu vem atravessando um período de deterioração muito grande. As ruas do centro são em sua maioria ocupadas por bancos e comércios. Vem diminuindo o número de habitantes na região central.

Moradores do centro e turistas que aqui chegam para visitar museus e prédios históricos, convivem cada vez mais com “flanelinhas” e guardadores de carro, com mendigos e pessoas dependentes de álcool e drogas. Não faço tal afirmação com qualquer traço preconceituoso. Mas é fato, basta circular pelo centro da cidade à noite e nos finais-de-semana.

Há na cidade grandes e necessários projetos, como a construção definitiva de um Paço Municipal e de uma nova Rodoviária. Há também a grande promessa do que virá a ser o tal “novo centro”, na antiga área de cerrado até então pertencente ao Exército. Entretanto, outros projetos necessários vão sendo esquecidos.

Quando irão reformar nossa Avenida Marginal, canalizando o córrego ali existente? Seria criado um novo espaço de lazer em pleno centro da cidade. Quando irão transformar os quarteirões próximos à Rodoviária para criar um terminal central de ônibus, à semelhança do que foi feito na vizinha Jundiaí?

Quando os pesados e poluentes ônibus deixarão de circular pelas estreitas e cada vez mais congestionadas ruas centenárias de nossa cidade? Quando teremos finalmente coragem de instituir o calçadão na Rua Floriano Peixoto, à exemplo do que fez a vizinha Sorocaba?

Essas são perguntas que precisam ser relembradas, discutidas e analisadas. Tais medidas poderiam revitalizar o centro da cidade e gerar mais comodidade à população em geral. Caso contrário, o centro de Itu continuará se desvalorizando. Prova maior disso, que gera tristeza em qualquer ituano, é ver a condição precária e de abandono de dois grandes e históricos prédios na Praça Padre Miguel: a sede do Ituano Clube e o prédio onde anteriormente estava instalada a Caixa Econômica Federal.

Entre 1990 e 2010, nossa vizinha Indaiatuba praticamente dobrou sua população. Deixou de ser a cidade das bicicletas para se transformar em uma cidade bonita e estruturada, bem planejada e com um grande parque industrial. Itu precisa continuar crescendo, não importa em que velocidade.

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