Publicado: Sábado, 9 de janeiro de 2010
Itu iluminada
A cidade está a 25 dias de fazer-se gloriosamente quatrocentona.
Além de festejos programados, alguns até já aconteceram, haverá outros antes e depois, inclusive durante todo o ano, eis que 2010 foi proclamado o Ano de Itu.
E mesmo agora, ao ensejo do Natal e Ano Novo, há que se reconhecer que nas praças da Independência e Padre Miguel, a igreja Matriz e do Carmo, estiveram feericamente iluminadas, pontilhadas de luzes, a por em evidência dois monumentos arquitetônicos preciosos.
Na unidade local do Exército, o Quartel, com a Igreja de São Luís ao centro, foram também destacados os contornos daquele prédio histórico.
Em outros logradouros, árvores receberam adornos.
Justamente por inspiração nessas idéias, de tornar Itu engalanada, é que ocorre uma outra sugestão.
Na verdade, duas providências, ambas facilmente exeqüíveis.
A primeira:
Para o evento magno dos quatrocentos anos da cidade, a dois de fevereiro, logo aí na frente, que se empenhassem o poder público e quem de direito a iluminar não apenas parcialmente todos os templos religiosos centrais, como muito bem o fez neste final e início de ano. Acrescer porém luzes em todos os demais detalhes e linhas, inteiramente esquadrinhados portanto, com mais profusão ainda de quando da virada do ano. Seria um el sinal indelével de apreço a Itu, justamente naquilo em que a cidade, além do civismo, se destacou nesses quatros séculos: a fé e a religiosidade de sua gente.
Matriz, abrangendo em pormenores a igreja, com todas as portas e janelas, frontal e lateralmente; bem assim o Carmo, com abrangência da ampla do Convento; Igreja do Bom Jesus e do Patrocínio; Igreja de São Benedito, de Santa Rita e de São Luís Gonzaga, esta com o destaque de ficar em relevo todo o amplo e majestoso conjunto do Quartel, eis que nele se apanha praticamente toda uma lateral da praça Duque de Caxias.
Itu estaria a apresentar ao seu povo e aos visitantes, com tais providências, a visão de belíssimos cartões postais e, repetida a façanha em anos futuros, um ponto de atração inscrito no calendário turístico, no qual ainda muito mais caberia por sinal.
Esses arranjos maravilhosos se implantariam pelo menos no período de 23 de janeiro a 7 de fevereiro, por exemplo. Aliás, a simples manutenção desde já dos enfeites existentes, viria a pedir, nos quinze dias sugeridos, apenas um complemento nas luzes já aplicadas.
Até que não se disponha algum dia de um ônibus próprio e de dois andares pelas ruas principais, como Campinas e outras localidades o fazem de há muito, o singelo e simpático trenzinho aqui da casa proporcionaria um misto de passeio e enriquecimento cultural, pois sempre há um guia a descrever pontos e detalhes.
A segunda:
Também digna de passar a se constituir numa providência normal e automática no calendário turístico, fazer bimbalhar os sinos das Igrejas, em uníssono, no dia 2 de fevereiro, às seis, às doze e às dezoito horas, por dez ou quinze minutos. Neste particular, expande-se o efeito, porque aí então não somente igrejas do centro, mas também todas as igrejas de Itu, em todos os bairros e locais, capelas inclusive.
Afinal são nove as paróquias.
Seria como ressuscitar épocas remotas e inesquecíveis, de quando os sinos exerciam importância preponderante como meio autêntico de comunicação, sinalizados seus badalos, em toques e ritmos próprios a cada evento.
Vitorioso esse empenho, a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro em Itu, anualmente, se constituiriam num apelo infalível de interesse e certeza de que muito rapidamente ganharia destaque na mídia nacional.
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