Jingles e poluição sonora
Todo ano de eleições é a mesma coisa. De uma hora pra outra as ruas são invadidas por terríveis carros de som. Durante o horário comercial, invadem o centro da cidade e vários bairros com seus jingles de campanha em decibéis escandalosamente irritantes.
As musiquinhas seguem o padrão de sempre: nome do candidato(a), ritmo de forró ou samba, rimas toscas e o número do candidato(a). O volume, sempre nas alturas. O carro de som sempre em velocidade mínima, todo adesivado com nomes, números e abreviações de legendas partidárias.
Parece que nossos(as) candidadotos(as) não se importam nem um pouco quanto à questão da poluição sonora em nossas cidades. Para quem mora no centro da cidade, este é um problema grave. Às vezes os carros de som chegam a atrapalhar conversas, tão alto o volume da propaganda.
A coisa piora em período eleitoral, mas tal desrespeito é constante. Em outras épocas do ano os carros de som atuam com suas propagandas divulgando os comércios e eventos locais. O absurdo mais recente foi um caminhão de som divulgando um evento patrocinado por uma cervejaria, com o volume num som humanamente impossível de se agüentar.
Tempos atrás, nossos vereadores fizeram tramitar na Câmara Municipal um projeto para regularizar a questão da poluição sonora em nossa cidade. Mas o tal projeto, misteriosamente, não vingou. Sofremos nós, que temos ouvidos. Como se já não bastassem a poluição do ar, da água e a poluição visual às quais estamos submetidos.
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