JMJ - O Papa no Brasil
Quando da investidura do Papa Francisco, em papo informal a céu aberto, nas imediações do Vaticano, um grupo de autoridades, notáveis e chefes de Estado entre outros, alguém chamou a si o orgulho e o justificado júbilo pelo fato de que Sua Santidade era de naturalidade argentina.
Dilma Rousseff, entre eles, complementou: O Papa é argentino mas Deus é brasileiro.
Glórias vãs e ufanismo à parte, compreensíveis neste caso, pois quem não se ufanaria de ter na cadeira de Pedro um conterrâneo, é fato acabado, contudo, que coube imenso privilégio ao Brasil ao ser o primeiro chão estrangeiro visitado pelo Papa. Circunstancial o fato, porque a Jornada Mundial da Juventude recaiu em terra da gente, desta vez, por escolha e deliberação do antecessor, humilde e sensato, Bento XVI.
Aos olhos do mundo ficou patenteada a fé que ainda arde na grande massa da população brasileira, pela apoteótica recepção e boas vindas ao Papa no Rio de Janeiro.
O Papa Francisco já granjeou o reconhecimento do mundo, católico, não católico e até dos ditos indiferentes, quanto à sua impressionante simplicidade e simpatia. Não à toa as mães erguiam suas crianças para o ósculo dele, que a ninguém negava dentro do possível. Os próprios guardas e seguranças no trajeto em carro praticamente aberto, eram demovidos por ele, quando tentavam impedir essas aproximações.
Fez um longo percurso na chegada, antes de toda e qualquer formalidade oficial. Quis estar junto e próximo de seus filhos espirituais, comovidos a olhos vistos, adultos, jovens e mesmo crianças. Uma comoção humana e geral de estupefação, como se fora quase impossível disfarçar as lágrimas ou esconder tanta emoção do povo brasileiro. Espontânea e naturalmente acolhedor. Bem o jeito pronto e aberto dos fiéis aqui no Brasil. Se de um lado o catolicismo perde campo, como que de certo modo se sente que, no recôndito de cada um, essas tendência e escolha, no máximo, poderá apenas estar algo adormecida.
Essencialmente, a alma brasileira é católica. Indubitavelmente.
Daí se compreender essa distinção, de desígnios divinos, de que aqui tenha o Papa chegado antes de para qualquer outro destino.
Ao momento desta publicação, as solenidades da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, neste ano de 2013, estarão nos seus derradeiros momentos.
Não que isso signifique o fim de uma jornada.
Ela segue na alma da juventude brasileira e daquelas de nacionalidades próximas e distantes, que se irmanaram num entusiasmo nunca visto. De emocionar os milhares de depoimentos de meninos e meninas, de todas as raças, a brandir suas bandeiras com um sorriso puro e esperançoso, confiante em que Deus Nosso Senhor será sempre o primado dos anelos dos povos, na pessoa e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Brasil se ajoelha, se emociona e agradece.
Tenha certeza, Papa Francisco, com sua bênção ao Brasil e ao Mundo, de que os frutos serão colhidos em abundância.
E volte sim, em 2017.
Não poderia ter deixado para nós notícia mais auspiciosa.