Publicado: Domingo, 17 de agosto de 2008
Jogos Olímpicos - II
2ª Lenda: A segunda Lenda sobre os Jogos Olímpicos Antigos conta sobre Hércules, herói grego, filho de Júpiter e da mortal Alcmena. Os gregos chamavam-no Heracles. Hércules, depois de testada sua força com proezas incríveis, tal como “Os 12 trabalhos de Hércules”, radicou-se na ilha de Creta, onde construiu um estádio, para aí, com seus irmãos, praticar corridas. Mais tarde, plantou no planalto de Olímpia, palmeiras, cujos ramos deveriam ser cortados com foices de ouro em mãos de adolescente que não fosse órfão. Com os ramos seriam feitas coroas, as quais seriam os prêmios aos vencedores.
O próprio Hércules se apresentou para a disputa das provas que instituíra, mas rival algum se animou em aceitar o seu desafio. Foi, então, que o próprio Zeus, disfarçado em atleta, apresentou-se na arena. E pelejaram longa e duramente, sem que se decidisse a vitória, até que o maior dos deuses se deu a conhecer, felicitando Hércules pela sua destreza e valentia.
Segundo Pausânias, a primeira Olimpíada foi realizada no ano 884 a.C. Os primeiros Jogos eram realizados em um só dia e constavam inicialmente de uma corrida de comprimento de um “stadia”, que media aproximadamente 100 metros. Mais tarde, foram acrescentadas provas de duplo-estádio, ou seja, 200 metros. Em seguida, criaram-se as provas de quatro, oito, doze e vinte e quatro estádios. Em 708 a.C. foram acrescentados o pentatlo e os eventos de luta, em 688 a.C. o pugilato e em 680 a.C. a corrida de bigas. O prêmio pela vitória era uma simples coroa feita de ramos de Oliveira. Entretanto os atletas viravam celebridades e era comum os vitoriosos receberem benefícios tais como ter toda a sua alimentação paga pelo resto da vida, ou ter um lugar reservado na primeira fileira dos teatros.
Com o aumento do número de provas, os dias de competições foram ampliados de um para cinco e foram acrescidas as seguintes provas: a) Luta Corpo-a-Corpo; b) Pugilato: Disputado com os punhos envoltos em tiras de couro, guarnecidas em pedaços de metal ou argolas de bronze, o pugilato, do qual o vencido saía estropiado ou morto, foi a grande nódoa das Olimpíadas Clássicas. No pugilato ficava proibida a luta corpo-a-corpo, como também não se admitia matar o adversário, pelo menos intencionalmente, do que não é difícil concluir como este esporte tinha um caráter de extrema brutalidade. Do pugilato originou-se o que hoje denominamos pugilismo. Nas Olimpíadas Modernas, o pugilismo figura desde 1908, na forma “humanitária” que todos conhecem; c) Pancrácio: deixando de classificar os lutadores por pesos como agora fazemos, os helenos deram motivo a que a luta degenerasse em franca crueldade, debatida só entre mastodontes. Combinando-a com o pugilato, criaram o pancrácio, somando uma crueldade à outra; d) Arremesso de Disco e de Dardo: as provas de arremesso não tinham valor isolado e estavam incluídas no sub-programa do pentatlo. Atualmente, além desses dois tipos de arremesso, utilizamos também o do peso e do martelo; e) Salto: os gregos só praticavam o de extensão e, talvez, também, uma variante do triplo, enquanto os modernos disputam além deles, o de altura e o salto com vara. Os saltos também não tinham valor isolado, incluindo-se no sub-programa do pentatlo; f) Pentatlo: querendo aliar agilidade e força, os helenos criaram o Pentatlo que consistia em esplêndido conjunto de cinco provas atléticas.
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