Litho, um artista ituano
Pouco, ou quase nada mesmo, conhecido aqui, eis que de criança sua família se radicou na Capital, Litho, apelido tomado para efeito profissional – Lázaro José Alves Ferreira, tem brilhado em sucessivas exposições, mercê de uma pintura próxima da perfeição. De um virtuosismo, sem favor, impressionante.
Quer-se em outra oportunidade fazer justiça a seu mérito, com uma crônica ampla e a evidenciar o alcance de sua obra.
Em suma, um artista no significado pleno e perfeito da palavra.
Tem-se a impressão de que a ele pouco se dá o lado de exploração de seus quadros e da sua obra hoje bem ampliada, pois tem se contentado com exposições aqui e ali e não se inclina ao anseio do lucro, natural por si.
O brilho de sua arte mereceu exposições várias, entre outras, na Assembleia Legislativa, no Banco Itaú na Avenida Paulista e outros pontos de relevo.
A série que Litho esposou no momento, iniciada em abril, toma a feição de não apenas uma exposição esplendorosa, mas também a de uma mensagem de alcance sublime e superior. Quis homenagear as pessoas na idade plena.
A mostra atual foi denominada “Exposição – Manifesto”, pela não marginalização do Idoso. Cognominada ainda, por ele, como “Retratos da Vida”.
São feições – fisionomias - de pessoas entradas em anos, de ambos os sexos.
Está em andamento desde abril e vai até o final de julho, distribuída por estações do Metrô de São Paulo: Sé em abril, Clínicas em maio, Alto do Ipiranga, atual até 30 de junho e em todo o mês de julho na Estação São Bento.
Apenas como referência a ituanos de alguma idade, os de tempos que já ficam bem para trás, Lázaro é filho de dona Lourdes e do senhor Eugênio, antigos proprietários do Bar e Restaurante São Luís, então na esquina da Madre Teodora e Santa Rita, em prédio amplo, hoje subdivido em salões comerciais.
Como se prometeu na abertura, após coleta de maiores detalhes para o artista aqui focalizado, filho da terra, em data oportuna dele se dirá com muitos mais detalhes, bem à altura de seus méritos.
É que Litho de raro em raro passeia por aqui e houve a chance ainda que ligeira, de rever o artista e recordar facetas da infância, aquela infância verdadeira que o progresso diluiu e inimaginável a crianças do mundo evoluído de hoje.