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Publicado: Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Loas a quem merece

 Não dá para se levantar de pronto, quando foi que as revistas começaram a despontar, também nas cidades grandes e médias, pois outrora quase todas elas tinham circulação nacional.

Veio a época então que surgiram revistas aqui e ali, com um certo amadorismo em muitos casos. A evolução se fez e agora é comum que até as cidades de porte médio disponham de publicações do gênero, mas de conteúdo e confecção primorosos.

No interior, pontificavam prioritariamente os jornais. Estes, os jornais, indispensáveis, nunca vão deixar de existir. São oportunos, cuidadosos, previdentes, até porque todos eles têm o seu site para acolitar os leitores ou para o que der e vier em termos de comunicação no futuro.

O fato é que as revistas têm sua atração especial e notória, de leitura mais ligeira e fartamente ilustradas, com fotos de excelente qualidade.

É assim que chega, por nímia gentileza da editora, mensalmente, à porta casa, entre outras, a revista REGIONAL, com endereço na cidade de Salto.

Neste fevereiro, contudo, a simpática REGIONAL, sempre muito esperada, surpreendeu.

Já se falou que a leveza na exposição e as imagens em profusão, contribuem para o agrado dos leitores. E nem por sonho desmerecer tantas outras revistas que, para felicidade da gente, pululam por aí.

Desta feita, a REGIONAL teve a perspectiva e veia jornalística para se aperceber da altura do significado de uma data como a do aniversário de Itu, uma das três primeiras comarcas criadas no Brasil. Itu, a oitava cidade mais antiga entre os quase mil municípios do estado.

E não deu outra.

Da totalidade das 150 páginas, as 80 primeiras foram dedicadas ao enfoque dos 400 anos! Claro, com entremeio de alguma publicidade – não excessiva porém. Predominou o tema em termos de espaço. Tanto que nas 70 últimas, o veio publicitário é mais concentrado.

Vantagem das revistas, a possibilidade de uma diagramação mais plástica (pode-se dizer assim?), bem distribuída e mais elegante, se é que tais termos se aplicam a essa especialidade de mídia.

Fato concreto que a revista é um primor de publicação e não houve como conter o entusiasmo, humilde militante da mídia em jornal, por tão bem elaborado trabalho.

Fica a dúvida, mesmo com a ressalva de se tratar de revista, se algo em termo de comunicação impressa de todo gênero, logrou tamanho grau de tecnicidade, apuro e conteúdo juntos. Um verdadeiro brinde a Itu quatrocentona.

Generoso e sutil, como também cioso nas observações sobre alguma incúria local, o editorial se traduz por atiladas considerações, na sempre nobre página 5, ímpar, de calculado destaque na imprensa.

Nele, o Sr. Renato, com quem ainda não se teve o prazer de contato pessoal, delicada e honrosamente, nomeia Itu como cidade “mãe” das demais da região, porque com isso, saltenses, indaiatubanos e outros se inseriam no gáudio do aniversário. Tão verdadeira essa assertiva, que fez lembrar ao cronista, de sua posse no Banco do Brasil, anos sessenta, em que a agência de Itu centralizava várias comunas. Os clientes, particulares e empresários de Salto, Indaiatuba, Porto Feliz e Cabreúva, tinham que vir a Itu para negócios com essa casa bancária.

Já se exaltou a qualidade bem cuidada na redação dos colaboradores, escolhidos a dedo, como também dos responsáveis pelas artísticas fotos. A citação de nomes demandaria espaço e o risco de, por desaviso, omitir alguém. Sintam-se todos cumprimentados.

Urge entanto repetir - entres aspas e com destaque, dois trechos, colhidos diretamente no editorial:

“... tentativa de reconhecer e valorizar esta que é a “mãe” de toda a nossa região.”

“... nossa equipe se empenhou ao máximo para transformar esta numa edição histórica, daquelas que devem ser lidas e guardadas para as próximas gerações.”

A REGIONAL tem toda razão.

Tenha-se a revista nos arquivos oficiais e públicos como documento de primeira importância. Todas as escolas zelem pela sua guarda e uso como recurso eficiente e eficaz para contar a história desta cidade aos pequeninos.

Ituanos que amem sua terra, corram obter para si um autêntico documento histórico.

Vai saltar aos olhos que este comentário se registra sob impacto de muita emoção.

Mas não poderia ter sido de outra forma.

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