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Publicado: Segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mãe, artífice da vida...

“A maternidade, que pode ser expressa das mais diferentes formas, é uma missão sagrada no seio da humanidade.” (Cleusa Thewes)

Ser mãe supera a geração biológica. Uma vez mãe, é para sempre, não importa a situação ou a idade dos filhos. Como Maria que esteve ao lado do seu filho desde o nascimento, acompanhou sua vida e permaneceu junto dele ao pé da cruz. Quem mais seria capaz? Suportou tudo, aceitou tudo, sem revolta, sem desânimo. Foi presença, apoio, sustento para o filho cuja vida não foi nada fácil.

Assim deve ser toda a mãe que, aceitando colaborar com Deus na criação através de uma geração consciente e responsável, tem nos filhos sua realização. É cuidadora, educadora, formadora, amiga, companheira... Só mesmo sendo privilegiada por uma amor especial que mais se assemelha ao de Deus é capaz de tanto.

Às mães é reservada a arte de cuidar da vida com dedicação, entrega, sacrifício, renúncias, paciência, otimismo, coragem e até atos de bravura ...

A sociedade precisa reconhecer como imprescindível o papel da mulher, altamente complexo e envolvente. Assim, são chamadas a serem rainhas do lar, onde são educadoras dos filhos e transmissoras da fé; e rainhas na profissão, no trabalho, participando ativamente na construção da sociedade. Ainda precisam ser rainhas no cuidado de si e no amor ao próximo...

A mãe é o alicerce da família. Veja-se exemplo disso no grande número de famílias monoparentais – formadas por apenas um dos cônjuges – , comuns hoje em dia; na grande maioria delas vemos a mãe ao lado dos filhos, assumindo sozinha a educação e o sustento deles.

Nas mães, como em Maria, se fundem gestos de ternura, doação, coragem e fé. Na verdade, a maternidade é algo transcendente, como é o amor: “A maternidade não é uma realidade exclusivamente biológica, mas se expressa de diversas maneiras. A vocação maternal se cumpre através de muitas formas de amor, compreensão e serviço aos demais”. (Doc. Aparecida, 457)

Na verdade é a própria Maria que nos ensina isso: não foi somente a Mãe de Jesus; assumiu a maternidade da Igreja e da humanidade inteira; assumiu levar adiante o movimento criado por seu filho em favor do Reino. Assume e ensina a todas as mulheres e mães (biológicas ou não) a exercerem a maternidade como serviço, especialmente aos pobres e necessitados.

Sybill Niemann, norte-americana, é mãe de família; em uma entrevista em 2003 ela conta as alegrias e dificuldades que encontra no dia a dia para criar os seus filhos. Separamos um trecho que mostra um pouco do que é ser mãe: “O bebê estava muito grudado comigo hoje. Aos dezoito meses, Monica machucou dois dos três molares que estavam nascendo, o que a deixou bastante dolorida. Ela não quer ser deixada de lado e fica abraçando as minhas pernas enquanto eu tento fazer sanduíches para a criança mais velha, descarregar a máquina de lavar louça e pôr a roupa para lavar. Toda vez que eu cuido dela, ela me olha bem nos olhos, me dando uma paz, tirando a minha atenção do resto do mundo e me fazendo dar a ela a única coisa no mundo que ninguém mais pode dar: minha total e amorosa atenção.”

Finalmente, lembramos aqui todas as mães que, nas mais diferentes situações, dão o seu sangue para ver seus filhos felizes: mães solteiras, abandonadas, ricas ou miseráveis, bêbadas, viciadas, prisioneiras, afastadas de seus filhos, responsáveis ou irresponsáveis, todas de igual coração onde, apesar de tudo, há sempre um lugar para o filho.

Não é fácil ser mãe com todos os predicados, com todas as exigências; por isso rezemos por elas, para que a exemplo de Maria e, com sua proteção consigam exercer esse importante papel, para o bem dos filhos, da família e da sociedade.

Parabéns!

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