Mães e filhos, criaturas de Deus
Exatamente no dia 10.5.2014, trouxemos para este espaço, a mesma crônica e sob o mesmo título, a seguir transcrita. A esse propósito, passados cinco anos, como estaríamos nós e elas, neste 12 de maio de 2019? Quanto a algumas, talvez, já estejam acomodadas no regaço do Criador e perpetua-se então a saudade. Vamos enfim ao que se dissera antes, devidamente preservado e entre aspas:
“ As datas comemorativas pululam hoje em dia em quantidade tão difusa que muitas delas já deixam de ter o enfoque merecido, porque tem dia para tudo e todos.
Banalizaram-se os conteúdos e a atribuição de méritos em muitos casos chega a ser duvidosa quanto ao seu significado e valor.
Hoje, Dia das Mães, haja, pois, todo cuidado em se preservá-lo de quaisquer banalidades ou festejos inócuos.
A mulher que gera criaturas está intimamente vinculada a Deus Nosso Senhor, eis que dele advém todos os poderes da Criação. E escolheu a mulher para a missão sublime da perpetuação da humanidade.
Infelizmente, as transformações sociais profundas nos costumes e hábitos diários, exercem influência exagerada sobre pessoas pouco atentas.
Surgem injunções sociais para justificar que em certas situações, os deveres da mulher e mãe sejam sumariamente transferidos a terceiros, porque sua profissão ou encargos outros a impediriam de dar o acompanhamento devido e intransferível aos pequerruchos.
Desde as meias, vestidas carinhosamente nos pezinhos dos bebês,
ao acordarem de manhã, nem esse cuidado e carinho primários poderiam sequer ser confiados ao mimo e enlevo da vovó, conquanto elas o façam com todo amor do mundo.
O primeiro contato matinal que o seja diretamente entre mãe e filho ou filha.
Entretanto, a vida social e moderna já impôs regras e concessões, que restaria agora não provocar uma contra revolução nos costumes, mas clamar para que algumas mães e filhos não se vejam tão pouco na primeira infância.
Pelo contrário, que se curtam ao máximo e ao vivo.
De todo modo, hoje é o Dia das Mães.
Seja ela por sua vez devidamente festejada e amada por seus filhos.
Neste particular, elas se sublimam. Entendem perfeitamente que os filhos por elas criados amam pais e mães, mas que lhes cumpre também divisar o futuro melhor para si. E é da própria natureza neles, por isso, sem perder o amor aos pais, que a própria vida os estimule a vislumbrar o seu futuro.
Mesmo nessa fase, as mães zelosas e conscientes nunca perdem seus pupilos de vista e os acompanham e aconselham.
Dias das Mães.
Numa data desta significação e magnitude, que jamais se perca a cena de quando Cristo, pendente da cruz, quase ao expirar e referindo-se ao apóstolo João, se dirige à sua mãe e proclama:
“Mulher, eis aí teu filho”.
Depois disse ao discípulo:
“Eis aí tua mãe”.
Em verdade, essa sublime delegação de afetos alcança o profundo significado de que o amor entre mães e filhos há de ser sempre e invariavelmente recíproco, tanto que assim dispôs o próprio Deus.
Abracem-se, pois, desde agora e neste momento, mães e filhos se aqui presentes, e caso não estejam juntos, que o façam ao retornar a seus lares.
Tampouco não se acanhem se lágrimas lhes brotarem nos olhos.
Esse umedecimento das pupilas só confirma a aura divina que proporciona tanto enlevo num momento destes.
Mães e filhos, criaturas de Deus. “