Mais sobre Yôga - parte 5
O texto abaixo foi extraído do livro Tudo Sobre Yôga do Mestre DeRose
10. O Yôga é melhor que Educação Física?
São duas coisas completamente diferentes. Portanto, nenhuma é melhor que a outra. Todo praticante de Yôga deveria fazer algum esporte e todo desportista deveria complementar com o Swásthya Yôga. Mas com "a yóga" não, pois essa distorção é parada, monótona e destituída de beleza.
11. Então, o praticante de Yôga pode fazer ginástica, musculação, dança e artes marciais?
Pode e deve. São coisas completamente independentes do Yôga, contudo, considero-os bons, saudáveis e eficientes naquilo a que se propõem. O Yôga tem propostas diferentes, mas não divergentes.
12. Mas a ginástica não prejudica o Yôga?
Não. Alguns praticantes declaram que a partir do momento em que começaram a fazer ginástica sentiram que a flexibilidade reduziu, porém isso não chega a constituir problema. Basta fazer uma boa sessão de alongamento após a aula de ginástica, musculação, dança ou artes marciais e a sua flexibilidade será preservada. Ou, ainda no local da prática esportiva, deixar o corpo esfriar executando ásanas do Yôga. Aliás, dá na mesma, pois "alongamento" é Yôga. É nada mais do que um dos muitos aspectos da parte corporal do Yôga. Confira declaração no livro Alongue-se, de Bob Anderson, página 66 e compare os exercícios que ele ensina com os de Yôga: são praticamente idênticos.
Sobre alongamento e flexibilidade, o ilustre Prof. Estélio Martins Dantas, ex-preparador físico da Equipe Brasileira Feminina de Ginástica Olímpica, declara em seu artigo Flexibilidade versus Musculação publicado na revista Sprint de maio/junho de 1985, referindo-se aos métodos hoje utilizados em Educação Física:
"Método Ativo (...) consiste em realizar três a quatro séries com dez a vinte repetições cada uma. Devido a constantes estiramentos, ativa os fusos musculares provocando contração muscular e tornando o trabalho mais difícil e doloroso.
"Método Passivo - consistindo em posições estáticas, foi inspirado no Yôga. Além de ser 20% mais eficiente que o método ativo (Oliveira-1980), segundo De Vries, citado por Kuntzleman (1978), 'representa menos perigo de dano tecidual, tem menor demanda energética e faz prevenção e/ou consegue aliviar a tensão e a dor muscular.'
"Atualmente, principalmente em ginástica olímpica vem sendo empregado este método com permanências extra-longas (em torno de 5 minutos)."