Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 1 de junho de 2015

Maldade, até onde?

Que mundo é este? Estamos vivendo uma época difícil, um novo tempo?

Jesus veio ao mundo com a proposta de implantar aqui o Reino de Deus, o Reino do Amor. Já no seu tempo o mundo experimentava a maldade, as discriminações, a injustiça, as desigualdades sociais, a miséria, a violência. Por isso veio, para reconstruir a humanidade fomentando uma civilização do Amor.

Assumiu a nossa condição humana. Igualou-se aos mais pobres. Tornou-se alvo dos dirigentes políticos e religiosos. Teve que enfrentar os poderosos blindados pelos sistema dominante e dominador. Sua liderança, sua prática da justiça, passou a agradar os “pequenos” e a ser inconveniente aos “grandes”. Transformou-se em em grande problema; deveria ser eliminado, como o foi.

Parece então que a maldade humana não é coisa nova. Corações de pedra que Cristo vem tentando substituir por um coração de carne, convertido ao amor, à fraternidade, à compaixão e à misericórdia.

Mas, por que tanta maldade? Por que tanta violência de irmãos contra irmãos?

Ganância? Egoísmo? Inveja? Vaidade? Materialismo?

Estaria a violência humana radicada na ânsia de conquista? Nas disputas e dominações? Na posse da terra? No domínio da água? Na sede do poder?

Talvez um pouco de tudo e, se fosse possível resumir numa palavra diríamos que o homem deixou-se dominar pelo TER.

Tudo se transforma em motivo para a prática da violência, inclusive a religião.

A irracionalidade dominou a mente, o coração e a alma do ser humano. O mundo está gravemente enfermo, mas recusa ingerir o único remédio: o Amor. Escutar Cristo como quando reprendeu Pedro: “Guarda tua espada na bainha!” ou “Todos os que usam da espada, morrerão pela espada”; aprender que só a vida gera vida, que a nossa arma é a não violência.

É triste constatar que a história humana, que deveria ser escrita com o suor do trabalho digno, acaba borrada de sangue.

Depois de recusar o paraíso oferecido por Deus, herdou a obrigação de suar para conseguir o próprio sustento. Nada mal, já que o trabalho dá ao homem dignidade e realização. Assim, o suor é símbolo de tudo que o homem pode e deve fazer não só para si, para o próprio bem, mas sobretudo para o bem da humanidade.

Mas o homem, ao recusar a vida no paraíso, passou a procurar meios de tornar a vida mais fácil para si (nasceu o egoísmo) e acabou descobrindo uma maneira cruel de chegar lá – explorando o suor dos irmãos. Algo que seria saudável e justo, não fosse a ganância que gera exploração, escravidão e tortura.

Meu Deus! O que será da humanidade, que deveria ser uma civilização do Amor, mas cada dia está mais desumanizada, beirando a irracionalidade, a barbárie?

O que estamos fazendo com a vida, dom de Deus para ser vivida em plenitude e na felicidade?

Nas palavras do Pe. Zezinho, SCJ: “O poder, a religião, a ideologia e o dinheiro não pode ser a principal razão de uma vida. Mais cedo ou mais tarde tornam-se instrumentos de tortura!. Quem faz qualquer coisa pelo poder e por dinheiro, em algum momento vai torturar alguém”.

Pobre mundo, pobre homem!

Cuida de nós, Senhor! Apesar de nossa ingratidão. Ajuda-nos a derrubar a Torre de Babel erguida pelos poderosos e que impede o entendimento entre os homens.
Dá-nos sabedoria para saber o que pensar e como agir.

Convertei o coração humano à compreensão, à misericórdia e ao perdão.

Comentários