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Publicado: Sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Marley e Nós!

Crédito: Bia Sioli Marley e Nós!
Nalla
Na semana passada, mesmo sob forte protesto, fui coagida a assistir o filme Marley e eu. Fui com meu namorado ao shopping e não tive como escapar de tão árdua missão. Ele já tinha tentado me fazer ler o livro, mas eu sequer consegui sair do primeiro capítulo.
 
Só pra me fazer entender, o livro que deu origem ao filme, trata da vida de um casal e seu cachorro, da raça labrador, denominado o ‘pior cão do mundo’. Até aqui o leitor que ainda não está a par da história, não deve estar a entender nada.
 
Resumo. A história é linda, o dono descreve todas as peripécias do cachorro em uma coluna do jornal em que trabalha. A família aumenta, eles têm três lindos filhos. Mas, como devem imaginar, chega uma hora que, infelizmente o cachorro já bem velhinho e doente, não agüenta e precisa ser sacrificado.
 
Não preciso dizer que bastaram os primeiros dez minutos de filme pra que eu timidamente começasse a choramingar. Vale aqui a recomendação para leitura ou filme.
 
Resolvi falar desse filme, e dessa grande história, só pra levantar a questão do amor que alguns de nós temos por esses tão amáveis animais. Só quem já passou por situação parecida, de perder ou ter que sacrificar esse membro canino de nossas famílias, é capaz de entender a grande sacada do livro.
 
Os cachorros da nossa casa sempre foram considerados membros da família. Tivemos muitos, de muitas raças, de personalidades distintas, mas, tenham certeza, todos receberam o que todos nós tínhamos de melhor pra dar. Eles fizeram parte das nossas histórias, acompanharam nascimentos, casamentos, primeiros empregos, ingressos em faculdade, mudança de casa, mudanças de planos econômicos, mudança dos tempos.
 
Só pra fazer uma passada rápida, tivemos: da raça Boxer, (Kid, Kidinho e Kidão) excelentes com crianças; Pastor Alemão; (Tango, Cínthia, Uno) fiéis e leais cães de guarda; Pincher, (Diego Maradona) pra colocar roupinha e passear; Chow Chow (Nalla) a cadela mais linda e charmosa do mundo; Hotdog uma mistura de Rottweiler e Dogue Alemão, (Mallena) a gigante mais amável que já tivemos, e tantos outros, que infelizmente não vou me lembrar, a não ser pelo Pitchichi, um bem pequeno que minha irmã, depois de brincar de circo sem querer matou, mas isso fica pra outra vez, senão ela me mata, também!
 
A maioria dos meus amigos também são cachorrólatras assumidos, sem vergonha alguma. Chego até a achar gatos, quando filhotes, engraçadinhos, mas não teríamos eu e eles qualquer futuro numa relação.
 
Adoro pensar na alegria dos cães quando voltamos pra casa, é um prazer inenarrável sentir que nossa presença é importante pra eles. Nenhum marido apaixonado faria tanta festa. Rabos balançando freneticamente, latidinhos de satisfação, bolinhas estrategicamente colocadas aos nossos pés, sugerindo uma rápida brincadeira, tudo isso não há dinheiro que pague.
 
A minha última cadela, a Nalla, aquela mais charmosa do mundo, lembram? Ela não se acostumou a morar conosco em apartamento. Ficou depressiva, tive que deixá-la com meu irmão. Ele por sua vez achou que ela precisava de uma companhia, que estava muito sozinha; resolveu sair à captura de um cachorro, e voltou com um “bezerro”. Bruno é seu nome, hoje um feliz e absurdamente grande São Bernardo jovem. Até que deu certo, mesmo sendo ele três vezes o tamanho dela. Convivem, e compartilham traquinagens diariamente, para felicidade do meu irmão.
 
Há alguns anos uma marca de ração fez propagandas, que foram até premiadas, que tinham como slogan “Cachorro é tudo de bom”. Acredito nisso!
 
Insisto para que leiam o livro, mas que seja em casa, sozinho, pra não bancar o chorão em local público. Se forem mais corajosos assistam ao filme, e não se importem em chorar à vontade, afinal todos a sua volta estarão na mesma situação. E ao chegar em casa, aceitem a bolinha colocada a seus pés. Não há como saber até quando ela estará lá.
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