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Publicado: Quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mato Grosso

Mato Grosso

Aspiração antiga, a de conhecer o pantanal norte, em Mato Grosso. Uma vez que se a realize, pede naturalmente seja visitada também a capital, Cuiabá. Acima e abaixo da metrópole de famosa canícula no seu clima habitual, estão dois pontos de igual interesse. A Chapada dos Guimarães e a famosa estrada Transpantaneira. Esta, o nome o diz, já é parte do próprio pantanal, dividido em regiões parecidas mas não iguais: a própria pantaneira, que começa ou termina em Porto Jofre; a outra, região contígua, dominada pela cidade de Poconé.

 

Como lembrete aos aficionados do turismo ecológico, embora já bem conhecida, existe a Pousada do SESC, no local denominado Porto Cercado, às margens do rio Cuiabá. Um hotel de primeira linha plantado na mata. Se for por terra, Cuiabá como ponto de partida, vencem-se os 100kms até Poconé e, dali à Pousada, mais 45, por terra.

 

Na verdade, o SESC tem toda uma imensa área na região – uma fazenda imensa – com um excelente campo de pouso. Desenvolve um empenhado trabalho de artesanato com os habitantes da região. A venda se opera tanto na bem equipada loja da pousada como também na Casa do Artesão, em Cuiabá.

 

Desagradável dizer, mas é pura constatação: o SESC e as instituições congêneres, SESI, SENAI e outras, aplicam o dinheiro com seriedade e tino, por terem direção autônoma. Fossem órgãos governamentais, já se sabe o que iria acontecer.

 

A pousada oferece passeios nas imediações, de pouca duração. Muito interessantes os do Amanhecer (saída às 5h30) e a Focagem (noturna), ambos no caudaloso Cuiabá.

 

É a clássica e conhecida busca para se ver jacarés, capivaras, aves de todos matizes e tamanhos, com destaque para a maior deles, o Tuiuiú, símbolo da própria pousada e à qual dá nome.

Excelentes instalações, plena comodidade, tanto para o descanso como para prática dos mais variados esportes e diferenciados modos de lazer. Não faltam nem o cinema e salão de baile. Acomodações todas amplas, cozinha refinada. Um parque aquático bem distribuído.

 

Ganha corpo ultimamente uma transferência gradativa das opções de pesca pelo turismo ecológico. E como apenas 145 kms aproximam a pousada de Cuiabá, os moradores da capital, em final de semana, comparecem e lotam essa sede preciosa, incrustada em pleno pantanal.

 

Se o passeio ao Mato Grosso se iniciar pois com a visita à Pousada, tanto na ida como na volta, é aproveitar a viagem e ver Cuiabá, a cujo calor você acaba por se adaptar, por um motivo muito simples. Não tem outro jeito.

 

A cidade tem um lado mais antigo e algo precário, mas conta também com áreas novas e moderníssimas, com destaque para a avenida Historiador Rubens de Mendonça. Mas não pergunte por esse nome; poucos entenderão. Diga onde fica a avenida CPA, como é mais conhecida. Importantes também as avenidas Fernando Correa e Mato Grosso.

 

Destoa de certo modo em Cuiabá a excessiva velocidade empreendida por ônibus, automóveis e caminhões (das motos, nem é preciso falar), com muitos acidentes. Surpreende mesmo não haja ainda iniciativa que regulamente as velocidades, principalmente nas avenidas, tal como se fez, por exemplo, em Campinas, São Paulo, um dos centros mais bem organizados em matéria de trânsito.

 

O aeroporto Marechal Rondon, internacional, é contíguo a Cuiabá, no município de Várzea Grande, além ponte. Uma vez lá, a depender da época do ano, é tirar um dia para se percorrer a famosa estrada Transpantaneira, via preferida pelos animais e aves para desfilar aos turistas, no amanhecer e ao cair da tarde. Tal como se fossem e voltassem, como os humanos, do seu serviço, para a ida e ao cabo de um dia de labor. Cuidem os veículos de respeitá-los. Essa estrada fica submersa na época das cheias. Boa de ser vista, pois, de junho a setembro, como indicam sempre as revistas do gênero.

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