Mero alô

Na mesma proporção com que o mundo evolui – em incontrolável velocidade, com passagens aéreas de visita à lua já disponíveis aos excêntricos – fica evidente, no contraponto,a rapidez com que se diluem hábitos e costumes. Tudo em nome de um ativismo avançado.

Essa, entanto, uma capa falsa de como se alardeia a ostensiva liberalidade na degradação humana. O homem não mais comanda conquistas sob censo de equilíbrio e ponderação, mas a pretexto de liberação para novas descobertas, sem juízo prévio de sua validade ou não.

O novo predomina.

Sede de impactos.

E tudo a qualquer preço, mesmo diante do imprevisível de sua praticidade ou não.

Há que se reconhecer então que nem tudo no convívio social significa e significou progresso. Não raro, atrevimento se associa à incúria e provoca males que poderiam ser evitados.

E por que?

Simplesmente porque muitas vezes tudo se submete a impulsos e precipitação.

Há então de se voltar às carroças de tração animal para o transporte? De modo nenhum.

Veja-se porém de como os veículos, os automóveis em especial, tomaram conta de todos os espaços. No mais das vezes, apenas com um condutor.

Não se fale agora da contaminação com gases que intoxicam e em alguns países matam a médio prazo.

Mas não se apoquente, não. Tampouco não precisa começar a tossir de repente sem saber de onde vem a causa. Entre nós, por ora, há tempo de se cuidar. Desengasgue.

Recomponha-se.

Foi um simples alô.

Bom dia.

Boa semana.