Messi não é argentino
Faltam 56 dias para o início da Copa do Mundo de Futebol. E exatamente dois meses para a estreia da Seleção Brasileira em Johanesburgo, contra a Coréia do Norte. Mas não escreverei sobre os canarinhos. Hoje meu assunto é aquele que pode acabar com a alegria do hexacampeonato brasileiro de futebol.
Lionel Messi: eis o nome que surge, qual tsunami, às vésperas da maior competição futebolística do mundo. Não bastasse provar a cada jogo toda sua superioridade em campo, faz questão de aumentar o temor brasileiro sendo argentino. Temor e rivalidade: componentes de dramas épicos.
Detectado como portador de um problema hormonal que impedia o crescimento de seus ossos, na juventude Messi foi rejeitado pelos clubes argentinos. Na época ninguém queria pagar seu caro tratamento de saúde, que custava cerca de mil dólares por mês.
Foi o técnico de juniores do Barcelona, Carles Rexach, quem decidiu contratá-lo para o clube espanhol. Viu uma exibição do craque e em apenas 30 segundos fez o contrato. Assinou o acordo num simples guardanapo, tamanho foi o seu senso de oportunidade.
Messi passou pelas categorias de base do clube e fez sua estreia no time principal do Barcelona durante a temporada 2003-2004. De lá para cá, deu no que deu. Revelou-se um craque. Agora, creio ser ele o único a tirar do Brasil a certeza da conquista da Copa na África do Sul.
Por outro lado, algo me tranquiliza: Messi não é argentino. Não irá funcionar junto à seleção maradoniana. Na verdade ele é espanhol: em toda sua trajetória futebolística, fez muito mais barcelonenses felizes do que argentinos. Estes últimos que, aliás, nem o conheciam antes do sucesso nos gramados.
E assim há de ser. Amém!
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