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Publicado: Sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Mocidade Heróica

Estive pensando nos jovens que guardam a castidade e consideram a união sexual permitida somente dentro do casamento, ou seja, após receberem o sacramento do matrimônio.
 
O prazer sexual não é um prazer desfrutável em qualquer momento e em qualquer idade. Sua existência se encontra condicionada, em primeiro plano, à reprodução da espécie, constituindo impulso para que a mesma se concretize, pois, caso contrário, a humanidade deixaria de existir, predominando o super egoísmo da criatura que não se abalaria em “fazer” um novo ser. Fazer amor, expressão tão a gosto e tão decente, para quem aborda o assunto da união sexual do homem e da mulher, poderia ser trocada por fazer filho, conotação evidentemente mais chocante e menos simpática.
 
Mas, a mocidade é heróica à medida que reprime ou segura os desejos sexuais contemporâneos e extemporâneos à própria idade, sobretudo por dois importantes detalhes: ou por não se encontrar ainda em fase plenamente amadurecida ou pela falta de recursos econômicos mínimos para constituição de nova família.
 
Não vamos entrar na velha polêmica da ampla liberdade sexual, com os ardorosos e apaixonados defensores de conceitos certos e errados para uns e para outros. Dentro do cristianismo, onde temos a graça de pertencer e viver, prevalece o 6º mandamento do Decálogo, “não pecar contra a castidade”, destemida prova de amor a Deus e de heroicidade dos jovens, principalmente.
 
Não matar e não furtar, por exemplo, são mandamentos fáceis de cumprir para muitos, na sua docilidade de viver. Mas, o sexto mandamento, cuja possibilidade de violação é mais ampla, sobretudo nos dias de hoje, com apelos e insinuações múltiplas, constitui “dose” a ser enfrentada com coragem.
 
As vantagens dessa mocidade heróica, todavia, serão máximas. Já nesta vida os jovens castos se livrarão das graves e inumeráveis doenças que geralmente acompanham os adeptos da livre permissividade.
 
Com isso, além da saudável saúde física e espiritual própria, passarão para seus descendentes herança genética incalculável, superior a quaisquer valores patrimoniais. E, quando forem convocados para o outro mundo, seguramente estarão com vagas asseguradas nos condomínios da eternidade.
 
Convém ressaltar ainda, que o matrimônio definido no fundamental direito romano como “nuptiae sunt conjunctio maris et feminae, et consortio omnes vitae, divini et humani júris comunicatio”(o casamento é a união do homem e da mulher, e consórcio de toda a vida para comunicação do direito divino e humano. Definição de Modestino), foi elevado pela Igreja à dignidade de sacramento, significando isso que sobre ele recaem bênçãos divinas, protegendo cônjuges e filhos.
 
Em outras palavras: para o mesmo são canalizadas graças para obtenção de bens materiais, espirituais e toda espécie de proteção divina, isso não devendo acontecer para os que vivem maritalmente, sem receberem o sacramento do matrimônio.
 
P.S. É bom esclarecer que, em segundo plano, o matrimônio também pode servir para desafogo da concupiscência, segundo os ensinamentos tradicionais da moral católica, o que deixou de ser dito logo no primeiro parágrafo.
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