Mulher de mim
Ah, mulher de mim, de minha filha, mãe, irmã, primas, tias e avós...
Eu só peço o silêncio do mar. Não o momento das ondas que agitam o inquieto pulsar, mas aquele instante único em que o intervalo se faz.
Quando nenhuma onda se move.
Quando até os peixes parecem dormir.
Quando o vento se cala.
E na grandeza do horizonte, abraçamos a paz.
Ah, mulher de mim, de minha filha, mãe, irmã, primas, tias e avós...
Eu só peço o silêncio da fala. Não o momento em que jorramos palavras desalmadas, mas aquele instante singelo em que o ouvir se faz.
Quando acolhemos em vez de julgar.
Quando ouvimos em vez de gritar.
Quando escolhemos em vez de agradar.
E na grandeza do que podemos ser, tudo se espelha e se espalha.
Ah, mulher de mim, de minha filha, mãe, irmã, primas, tias e avós...
Eu só peço o silêncio do tempo. Não o momento da agenda atolada, mas aquele instante perfumado em que a calma se faz.
Quando a música canta meus passos.
Quando me deixo largar e abraçar
Quando sei que sou, aqui e agora.
Ah, mulher de mim, de minha filha, mãe, irmã, primas, tias e avós...
É tão bom ser assim, só ser, pertencer, sem precisar merecer...
- Tags
- deborah dubner
- mulher