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Publicado: Quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Natal, festa da família cristã!

Já tivemos a oportunidade de escrever sobre o Natal, mas este é um tema inesgotável e muito significativo tanto para a Igreja como para a família e para cada um de nós, cristãos.
 
Certamente, esperávamos muito mais deste ano, pretendíamos fazer tantas coisas, acertar tudo que o ano anterior deixou bagunçado. Uma boa hora para recordar tudo de bom que aconteceu nestes trezentos e tantos dias: nascimentos, casamentos, aniversários, cursos e empregos novos, novos amigos, namorados, viagens, compras, promoções... Apesar disso, muita coisa fica para o ano que vem.
 
Natal, mais que uma data, um tempo de graça. Tempo de celebrar a vida, a família, a saúde, a paz e a alegria.
 
Ao aproximar-se, o Natal nos faz reviver a História da Salvação; lembra-nos a Família de Nazaré, renovada em cada família da terra.
 
Por isso a família cristã precisa ser uma repetição da Família Sagrada; precisa viver, especialmente neste tempo memorável, as emoções e sentimentos vividos pela Família de Nazaré, suas preocupações e, acima de tudo suas esperanças e realizações.
 
Natal, festa da Família e da Vida resgatadas pelo Cristo, mas que vão perdendo seu significado, seus valores verdadeiros, se não forem cuidadas.
 
O Natal lembra-nos que a Família e a Vida têm jeito. Viver o Evangelho é o caminho.   
 
Ao olharmos para o presépio, vemos a família de Maria, José e o Menino Jesus. Olhemos agora para a nossa família: ela está completa?
 
Nossa família está se preparando para o Natal? Que sentido tem para nós hoje, celebrarmos o nascimento de Cristo?
 
Passar o Natal em família é uma prática generalizada. Pode-se dizer que o ponto forte do Natal é a reunião da família. É verdade que muita gente passa o Natal de outra forma, aproveita-o para tantas coisas, mas ele existe para ser vivido em família, para reunir e até mesmo para re-unir as famílias – durante o ano ocupadas com tantos afazeres.
 
O Natal é luz e esperança. Infelizmente, está cada vez mais “pobre” o acolhimento do Menino Jesus, cada vez menor o espaço que reservamos ao Cristo em nós, em nosso coração, em nossas casas, em nossas cidades e na nossa sociedade.
 
Dra. Patrícia Vieira Spada escreve na Família Cristã (dezembro de 2007) que “Natal e Ano-Novo, mais do que eventos sociais pré-estabelecidos, são oportunidades para aprimorar e estreitar os laços fraternais e a habilidade e capacidade de amar.”
 
Mesmo que muita gente não se encontre motivada, é muito importante que se reúna, coma, reze e celebre junto, reforçando o valor da família reunida e unida em torno do Cristo, razão primeira dessa grande festa. Ele é o único que pode “arranjar as coisas” para nós, agir em nossas vidas, transformar nossas casas em lares verdadeiros, onde haja compreensão, misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência; onde um apóie o outro e, quando houver queixas, que haja também o perdão, mas sobretudo que haja muito amor.
 
Refeição, presentes, enfeites, tudo isso é bem vindo e valoriza essa grande festa cristã, mas para que tenhamos verdadeiramente um Natal em família será preciso que todos se dêem as mãos, se compreendam e se aceitem, apesar das diferenças.
 
A citada autora lembra, em boa hora, o perigo que ronda essas datas importantes, que acabam “impregnadas de sensações superficiais, nas quais predomina o consumismo desenfreado da compra de presentes e das refeições fartas, em lugar de prevalecer o aprofundamento dos laços afetuosos, a renovação dos votos de religiosidade e esperança e a certeza de que, com amor, podemos fazer deste mundo um local melhor para se viver.”
 
Não há como ignorarmos a grandiosidade do Natal, digno de uma grande festa com enfeites, cores, luzes, músicas e celebrações; só não vale a sua transformação em mais uma festa puramente comercial, pagã, mais uma oportunidade para obtenção de lucros. Não se pode transformar tudo numa festa do Papai-Noel, “escondendo” seu verdadeiro personagem, Jesus Cristo.
 
Bem escreveu Dom Odilo Pedro Scherer, ainda em 2006: “O menino que nasceu de Maria, na noite do Natal, é como a brilhante luz que ilumina o mundo; é como o pastor que está com seu rebanho e se interessa por ele; é como fonte de água que jorra sem parar e mata toda sede; é como o pão necessário, cada dia, para renovar as forças. É a expressão humana do amor de Deus para cada ser humano. Não veio apenas para visitar, passar e ir embora, deixando-nos na saudade: Ele está no meio de nós! Todos os dias.”
 
Que Deus abençoe nossas famílias, nosso Natal e nosso Ano-Novo!
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