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Publicado: Quarta-feira, 18 de julho de 2018

Nós éramos ...

Depois de quatro Copas e com participação bisonha nas duas últimas, sobra ao Brasil a titularidade de continuar sim com o orgulho de pentacampeão, não obstante com dois fortes concorrentes no seu encalço, a Itália e a Alemanha.

Entretanto, salta aos olhos que o futebol passa constantemente por modificações profundas. Disso o Brasil não se apercebeu.

Nesta Copa de 2018, na Rússia, somente nos últimos instantes do jogo em que a Bélgica deu ao Brasil o chapéu de despedida – no segundo tempo – é que a equipe técnica cuidou de promover substituições.

E as fez, as substituições, quase ao mesmo tempo, - verdadeiro atropelo - uma após outra, somente quando já pressionava a hora do apito final. Desespero e descontrole.

Os jogadores Salah, do Egito, e Cavani do Uruguai, imprescindíveis, esquentaram prudentemente bancos de reserva, em face de contusões.

Já o astro da seleção brasileira, isolado em tratamento durante três meses, sem forma física consequentemente e liberado de última hora, deveria ter sido poupado, tanto por decisão do técnico, como a pedido do próprio jogador. Constam, dizem, imposições de patrocinadores...

Em resumo, perante a forma física e bem nutrida dos europeus desde nascidos, o Brasil em boa parte amarga o pejo de nação subnutrida para o caso de vários de seus atletas.

Teimosia óbvia também, do técnico, ao insistir com o jovem centroavante, hábil em si, mas numa posição da qual se esperam gols. O esquema montado truncou o seu estilo de jogo e haveria de ser substituído a tempo.

Nós éramos os bons.

O mundo, porém, aprendeu a jogar bola.

De qualquer modo, a consagrar a voz do povo, não se há de esquecer que cada brasileiro é um técnico.

Para se aquilatar da importância do futebol em tempos modernos, a saída do Brasil antes da hora, pôs em perda a tentativa de soltura do ex-presidente, programada para um instante em que os olhos da Nação deveriam estar centrados na Copa.

Que nada.

O fato político naquele domingo insólito acordou a Nação e em parte talvez terá amainado a tristeza e o desaponto generalizado.

 

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