Novo Milênio: milhares de atores e milhões de scripts
A ONU ( Organizações das Nações Unidas ) consolidou um compromisso entre 198 paises, traçando 8 compromissos de objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Hummmmm , o que isso tema ver conosco ? Tudo ! Viver hoje é um compromisso de entendimento do passado, contextualização do presente e visão do futuro. Essa rede de consciência pública e solidária nos empurra para sairmos da inércia.
Prometa ao menos ler esse artigo até o fim...
Não é hora de só enxergarmos o próprio umbigo, a saúde do planeta depende de nossos pequenos atos, e também de grandes ações, como as que vinculam políticas públicas internacionais e nacionais que possam atingir as políticas municipais e a nossa postura.
O primeiro compromisso é com a erradicação da pobreza e fome – até 2015 o mundo tem que conseguir reduzir pela metade o que acontecia em 1990 nas questões de rendimento per capita e fome absoluta. Vale ressaltar que a Conferência Permanente da Fome da ONU foi realizada em Brasília, em março, com cerca de 600 participantes e com o Brasil em lugar de destaque.
O segundo compromisso é com o ensino básico – preconizando que toda criança do planeta tenha direito ao ensino fundamental concluído até 2015. É através da educação básica que poderemos combater a ignorância e falta de oportunidades.
O terceiro compromisso é a igualdade entre sexos e autonomia das mulheres. Apesar de o Brasil ser um dos paises mais desenvolvidos, a disparidade de ensino entre homens e mulheres é meta a ser eliminada até 2015. A desigualdade produz injustiça, descriminação e incapacita.
O quarto compromisso é perante a mortalidade infantil, que deve ser reduzida em 2/3 até 2015. É insano pensarmos em futuro enquanto crianças abaixo de 5 anos morrem de diarréia, fome e desassistência.
O quinto compromisso vincula a saúde materna na redução de ¾ das taxas de mortalidade materna e deve ser compreendido como um compromisso publico de assistência a gestante e vigilância continua das estruturas de saúde que auxiliam essa gestante.
O sexto compromisso é o de combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças, que se propagam a matam de forma assustadora, em forma de epidemia. O Brasil incorpora importantes modelos e programas, mas a parceria da sociedade é que deverá reverter a tendência de muitas doenças de se propagarem por hábitos locais.
O sétimo compromisso é o de sustentabilidade ambiental - uma busca ao desenvolvimento sustentável nas políticas que consiga reverter a perda de recursos ambientais. As políticas ambientais pouco impactam sobre a sociedade, apesar de regulamentadas. Não existe promoção à participação de todos como co-responsáveis por danos causados ao planeta e que reverterão na qualidade de vida do futuro. Como exemplo, a região metropolitana de São Paulo é a mais rica da América Latina em recursos de coleta de esgoto, mas amarga mais de 20% das internações hospitalares por doenças de veiculação hídrica. As desigualdades se mesclam no cotidiano e nos cegam involuntariamente por conta da busca pela sobrevivência e da rotina nervosa.
O oitavo compromisso é o estabelecimento de uma parceria mundial para o desenvolvimento, estabelecendo compromissos de governabilidade, desenvolvimento e redução da pobreza para os paises menos desenvolvidos, que são os mais populosos.
E agora pare para refletir 5 minutinhos : o mundo está doente, carente, perdendo sua própria força e pedindo SEU socorro. Não somos apenas habitantes privilegiados; somos saudáveis, cheios de oportunidades, formadores de opinião e também responsáveis pelo que acontece à nossa volta. Não podemos apenas esperar que governantes dêem conta desse recado velado.
Você pode escolher entre jogar fora mecanicamente o saquinho do supermercado que estampa esses compromissos em quadrinhos ou parar para pensar em como agir para colaborar com um futuro melhor.
Sem percebermos, a indiferença nos adoece e corroí por dentro e às vezes pequenos atos de cidadania e solidariedade nos ajudam a sermos menos egoístas (portanto, mais saudáveis) e nos tornam mais importantes turbinando a nossa auto estima ( portanto, mais vivos).