O Bem faz Bem
Fazer o bem é compartilhar com os outros as graças recebidas de Deus!
Deus deseja acabar com a maldade no mundo, mas sobretudo deseja a conversão dos que a praticam. Jesus Cristo passou na terra fazendo o Bem e continua fazendo através de nós, única maneira de o Bem dominar o Mal que impede a vida plena para todos.
E então, o que estamos fazendo? Será que a nossa vida segue esse mesmo caminho, está sendo útil? Deixamos rastros de amor, de bondade, de ajuda, de felicidade por onde passamos? Santa Teresa de Calcutá nos cobra: “Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
Como cristãos, deveríamos não ter limites na prática da caridade, da compaixão, da bondade com nossos irmãos, mas infelizmente isso não se verifica; somos apegados demais a nós mesmos para pensarmos nos outros…
A Bondade vem de Deus: só precisamos amadurecê-la em nós e praticá-la; ela depende, portanto, de lucidez e de esforço, podendo tanto se tornar um hábito de vida ou desaparecer por falta de ação. Precisamos nos aproximar dos outros, lembrando que temos “o próximo” que desejamos.
Pode parecer que há uma certa dificuldade em fazer o Bem. Na verdade estamos diante de uma sociedade fria, desumana, onde cresce o joio da maldade em meio ao trigo da bondade.
Dalai Lama escreve: “A meu ver, criamos uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros. Em vez da noção de comunidade e da sensação de fazer parte de um grupo, encontramos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos. O que gera essa situação é a retórica contemporânea de crescimento e desenvolvimento econômico, que reforça intensamente a tendência das pessoas para a competitividade e a inveja.”
Numa de suas pregações, o Papa João Paulo I, diante da pergunta “Que fazer para melhorar a sociedade?”, respondeu: “Procure cada um de nós ser bom e contagiar os outros com uma bondade toda penetrada pela mansidão e pelo amor ensinado por Cristo”.
Felizmente a bondade, a caridade tem encontrado corações receptivos, corajosos, guiando vidas comuns, anônimas ou destacadas, dedicadas e comprometidas em viver e semear o Evangelho da Vida em prol de um mundo mais humano, mais justo e mais fraterno.
Padre Reuberson Ferreira, MSC, na revista Nossa de Senhora (julho de 2019) lembra os homens e mulheres que, há pouco mais de quinhentos anos, movidos pelo Espírito de Deus, aportaram neste imenso país com o desejo de semear o Evangelho.
Muitos deles entregaram sua vida e fecundaram esta terra que cresceu sob a égide da Santa Cruz. Seguiram Cristo, fizeram o Bem, deixaram frutos e sementes, abriram os horizontes de tantos outros. O bem, a caridade nos coloca no caminho da santidade, desejada por Deus para todos nós – “Sede santos…”. Felizmente, sempre houve e há muitos santos entre nós, muito embora achemos que são apenas alguns privilegiados que, publicamente, tiveram a graça de serem elevados ao altar, como José de Anchieta, Frei Antônio de Santana Galvão e Madre Paulina.
Agora caminhamos para mais um reconhecimento: a nossa Irmã Dulce. Passou a vida fazendo o Bem. Desde a infância devotou-se aos pobres. Serviu aos sofredores, praticou caridade, amou com intensidade aqueles que necessitavam.
Exemplos para todos nós!
Encerro com as palavras de John Wesley: “Faça todo o bem que você puder, com todos os recursos que você puder, por todos os meios que você puder, em todos os lugares que você puder, em todos os tempos que você puder, para todas as pessoas que você puder, sempre e quando você puder.”
Que Deus nos ajude a fazer a nossa parte!
Salve Maria!