O improviso
Sim, habitualmente – claro – as crônicas são redigidas diretamente no “Word”. Mas, de quando em vez, diante de um papel em branco, não se resiste à escrita manual, com efeito duplo por conseguinte, tanto de expender ideias como de fazê-las de próprio punho. Toda minha formação antecedeu à informática, concedida alguma velocidade somente à máquina de escrever.
Consta, outrossim, que a caligrafia revela contornos de habilidade e alguma arte. Mas chega de autorreferências, embora, creiam, tudo se resume de fato ao prazer de trazer aos leitores considerações de variegada feitura.
A temática nas crônicas, que começaram bem lá atrás, no ano de 1957, é de abordagem de temas variáveis e variados. Ao sabor do momento.
Alguém teria anotado algo? O quê afinal?
Ora, viva. Cuida-se até aqui de digressão à solta, sem o preciosismo de alguma ordem. Ao longo de bem mais de meio século, o quase improviso mesmo tem comandado esta fala, religiosamente semanal.
A faina prazerosa do jornalismo preencheu espaços no papel e, a partir de meados de 2007, as mesmas publicações ganharam espaço concomitante também neste portal, amigo e acolhedor.
Mas, a partir de janeiro de 2014, tudo quanto cria esta mente viajora, apresenta-se com exclusividade aqui, no “itu.com.br”.
Espelho de meu pai, com menor brilho evidentemente, a inclinação para divagar se manifestou decidida em vários jornais doutras eras.
Os traços e as referências, repita-se, de rigorosa espontaneidade.
É assim que, até data algo recente, me descobri, mais por apontamento dos leitores, que o gênero de crônicas caracterizava tantas redações acumuladas.
A folha de papel, mencionada ali em cima, está preenchida.
Eu hoje paro por aqui.
Deus seja louvado.
Fez-me cronista e nisso me realizei e realizo.
Tchau.