O Mistério Que é Jesus
Se uma questão causa debates acalorados é a do título acima. A pessoa chamada Yeshoua ben Nazareth teria existido mesmo? Ou seria uma lenda bem elaborada? Foi membro do povo judeu há mais de dois mil anos? Ou se trata apenas de um personagem bem construído para fins religiosos?
O desenvolvimento das Ciências e o predomínio da Razão em todas as atividades humanas trouxeram incontáveis contribuições para a humanidade. Isto é fato, não se questiona. Porém, tanta racionalidade acarretou um efeito colateral sentido ainda hoje entre nós: as pessoas tornaram-se incapazes de crer, mesmo diante de provas; não acreditam, mesmo com evidências diante de si; perderam a boa vontade de argumentar sinceramente e de avaliar hipóteses com honestidade.
Tendo como base as ciências humanas, podemos encontrar na História inúmeros sinais de que Jesus de Nazaré de fato existiu e caminhou pela região da Judéia e da Galiléia há vinte séculos, pregando novos conceitos sobre a relação dos seres humanos com Deus, até ser condenado por um governador romano em Jerusalém e morto ao ser pregado numa cruz, instrumento de martírio abominável e humilhante.
Atualmente as pessoas têm dificuldade em aceitar evidências históricas como valiosas por si mesmas. Há relatos sobre a existência de Jesus nos primeiros séculos da Era Cristã feitos por sérios historiadores daquele tempo, como Tácito e Flávio Josefo. Além de documentos de governantes da época, como Plínio, o Jovem (governador da Ásia Menor). Sem falar em cronistas de então, como Suetônio, além de obras literárias judaicas de reconhecido valor, como o Talmud. Para completar, há evidências ainda no campo da arqueologia. E sequer precisamos mencionar testemunhos e escritos cristãos (para não advogar em causa própria).
Se há tantas evidências, por qual razão nenhuma delas serve para os racionalistas de plantão? O que pretendem estes? Que Jesus abra uma conta no Facebook e se revele novamente? Esperai sentadinhos, senhoras e senhores! Tal não acontecerá!
Para compreendermos melhor o dilema, é preciso estabelecer um dado bem básico sobre Yeshoua: ele foi, ao mesmo tempo, ser humano (segundo a História) e Deus encarnado (segundo a Fé), por isso não bastam apenas provas históricas para crer nele. Se a fé em Jesus dependesse de provas cabais, não seria mais fé. Pois esta só pode ser exercida em relação a algo não explicado completamente, a um mistério que jamais poderá ser comprovado neste nosso plano terrestre.
Amém.