O pai, tal como ele é ...
Pai é aquele que gera e cria, vibra e se orgulha com o sucesso dos filhos, mas também sente em profundidade quando as adversidades os acometem.
Sempre por amor, declarado ou enrustido, como se quisesse parecer durão, às vezes tem que retomar as rédeas e ensinar como não errar nos caminhos da vida.
E justamente por tudo isso e muito mais, que pai também eventualmente pode claudicar e, sequer nessas horas, assistiria aos filhos o pretenso direito de o recriminar ou dele se envergonhar. Tropeços são inerentes à natureza humana.
Hoje, portanto, quando o calendário social comemora e dedica aos “pais” um dia de lembranças, presentes, abraços e homenagens, que essa delicadeza e provas de amor aconteçam a todos os pais do mundo. Os espetaculares e os menos celebrados, os bem postos na vida e os que a fatalidade os impediu de serem brilhantes e vencedores para que, devida e corretamente, se possa dizer que em todo começo de agosto há de ser reverenciado com especial carinho o dito “Dia dos Pais”.
Um eventual desentendimento ou o rompimento até, nas relações de pai e filhos, ensejem nesta data o retorno da convivência mútua. Isso sem se falar que, não raro, o relacionamento deles esteja estremecido mas que, no íntimo, adorariam, um e outros, que despontasse um instante de remoção desse orgulho insensato para de novo se abraçarem. Este é pois o dia, o momento precioso!
Quer-se, entanto, tomar de empréstimo palavras que raramente se veem
tão perfeitas e adequadas, para ilustrar o evento do “Dia dos Pais”. Vai-se buscá-las, com a vênia do dileto amigo e autor Bertani Marinho, em trechos destacados e pertinentes, do seu livro “Lições de Luz”:
“Não importa, filhos, como agem ou como agiram seus pais. De algum modo eles os auxiliaram ou os auxiliam nas contendas da existência. E mesmo que vocês digam que eles nada fizeram para ajudá-los a encaminhar-se na vida, ainda assim eles merecem o seu respeito e o seu amor. Se eles estavam caídos, provavelmente não tiveram forças para socorrê-los. Se eles estavam atolados no lodaçal do vício, não tiveram condições de amparar seus passos. Se eles viviam nas trevas da ignorância, não conseguiram sabedoria para orientá-los. E se permaneciam mergulhados na dor e no sofrimento, faltou-lhes a serenidade para a carícia e o abraço paternais.”
Mais adiante:
“Amem seus pais sem nenhuma exigência, sem pedir nada em troca. Amem seus pais, filhos, sabendo que o verdadeiro amor consiste tão somente em aceitá-los de modo completo e incondicional.”
E finaliza:
“Obrigado, pais, pela missão que assumistes. Obrigado, pais, pela vossa presença corporal e espiritual diante de vossos filhos. Muito obrigado.”