Publicado: Quinta-feira, 6 de setembro de 2007
O pecado e o pecador
Dizia santo Agostinho que devemos detestar o pecado, não o pecador. É lógica pura, pois o homem se encontra submetido à lei do pecado, desde aquele cometido pelos nossos primeiros pais.
O perdão dos pecados, sempre existiu em face do arrependimento. Pelo ensinamento de Cristo, respondendo à pergunta de S. Pedro de quantas vezes se deveria perdoar quem nos ofendesse, declarou que não só sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Perdoando o pecado, qualquer que seja, não quer dizer que o admitimos e se for repetido, inclusive o perdão, isso não significa que o aceitamos.
O mundo hoje se encontra muito conturbado. Aquele velho aforismo do direito “nem tudo que é legítimo é moral”, antigamente já podia ser exemplificado com o casamento civil, sem o concomitante casamento religioso. Hoje, com o novíssimo código de direito civil além desse exemplo, pode-se citar as uniões livres (concubinato), que depois de certo tempo de convivência se tornam legais, amparadas pela lei civil máxima.
O namoro que em outros tempos se verificava com o relacionamento da moça com o rapaz em tudo, menos em intimidades sexuais, deu um grande salto, podendo significar também que os parceiros coabitam. De legal e moral que era, com as novas características continuou a ser legal, mas absolutamente contrário à moral.
Teria desaparecido o pecado referente ao sexto mandamento, não pecar contra a castidade? A questão, creio, é bastante polêmica e angustiosa, para os não cristãos e que vivenciam o problema. Aí os entendidos, sexólogos de todas as escolas, exporão e defenderão seus pontos de vista com o máximo ardor a ponto de, se polemizarem, chamarem uns aos outros, reciprocamente, de retrógrados, anacrônicos, ultrapassados ou de imorais, lascivos, herejes.
Nós que participamos do mundo - cada um em sua esfera de ação, com as características de cada uma delas – convivemos com o pecado e com o pecador. Se o personagem central da trama somos nós mesmos, com a educação e formação cristã adquiridas, sabemos como enfrentar o problema e quais os remédios que podemos usar. Mas, se são terceiros, a coisa começa a se complicar. Como adverti-los que estão errados?
Passamos a tolerar o pecador, mas jamais podemos aceitar o pecado. Acontece que, a promoção do pecado sendo assustadora por todos os meios, sobretudo pela mídia ávida de ibope, parece que a atitude de se tolerar o pecador, pode dar a entender que se está de acordo com tudo. Daí o grito de alerta.
Precisamos conclamar aos doutos, sacerdotes, professores, pais, educadores de todos os níveis que se esforcem em divulgar a verdade. Ensinamentos objetivos, claros sobre o predomínio da moralidade sobre a legalidade devem ser constantes, pois vivemos sob a égide da civilização cristã.
Não podemos continuar omissos, tolerando o pecador e nada fazendo para que abandone o pecado. O avançado progresso tecnológico não deve nos afastar da conquista da eterna felicidade e isso implica que sigamos as normas evangélicas, onde está bem claro que o pecador impenitente, não participará do banquete celestial.
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