"O pouco muito de cada um: iniciativas ituanas"
Esta semana eu tive uma grata surpresa ao entrar no consultório novo do querido casal de médicos, Cidinha e Safi. Na casa nova, eles capricharam na sala de espera, colocando em uma mesa diversos livros sobre Itu, além de uma linda escultura do artista Segirson de Freitas, conhecido na cidade, criador das peças de artistas pintando suas telas. No consultório, lá estava Monet pintando sua famosa tela da ponte.
A primeira alegria foi ver tantas obras sobre Itu, de escritores e artistas da cidade, sendo colocadas à mostra para os pacientes verem enquanto esperam. Achei uma atitude bonita, um singelo gesto de amor à cidade. Fiquei pensando que cada um pode fazer algo positivo por sua cidade, por menor que seja. E como essas pequenas ações representam muito. Sabe-se lá quantas pessoas já passaram por esta sala e leram livros que nem sabiam que existiam, ou aprenderam alguma coisa sobre Itu que jamais imaginavam. Nem sei se a Maria de Lourdes Sioli, diretora de Cultura da PróTur, sabe que o seu livro “Itu – História para Jovens Leitores” figura entre as publicações que estão sob aquela mesa.
A segunda alegria, que foi mesmo uma surpresa, foi uma publicação lindíssima que eu nem sabia que existia. Chama-se “Itu – Patrimônio da Cultura Paulista”, publicado pela Desktop Publishing, de autoria de Hélio Chierighini, Ismael Guarnelli e Jair de Oliveira. Nossa! Que qualidade de impressão, de fotos e de texto! Que orgulho! Poderia tranqüilamente ser um livro de alguma cidade européia. As fotos das fazendas, do interior das igrejas, os textos cuidadosamente escritos em português e inglês, dignos de serem lidos e divulgados para o mundo todo. Que beleza!
Como só vim morar em Itu no início de 2000, com certeza perdi muitas coisas. Esse livro é uma delas, pois foi editado em 1997, tive o cuidado de olhar. Às vezes, no nosso trabalho da PróTur, a gente se esquece das ações que já foram feitas, das inúmeras iniciativas que fazem parte desse caminho que hoje estamos trilhando. Outro dia, conversando informalmente com o Jonas Souza, do Museu Republicano, me dei conta de que o nosso trabalho é apenas a continuação de um processo que vem de muito tempo. Por mais que a PróTur esteja fazendo um trabalho forte, ele na verdade é a concretização de muitas idéias, ações e tentativas das pessoas que amam Itu e que, do seu modo, fizeram algo em nome desse amor.
Como membro da PróTur, acho que não podemos nunca nos esquecer disso. É importante estar sempre atento à história e a tudo o que já foi feito, honrando e respeitando todas as iniciativas. Olhando o passado e o presente, observando e agradecendo gestos como os do casal Cidinha e Safi é que a PróTur poderá cumprir a sua missão no futuro. Afinal, a história se faz através das pessoas e de suas ações. Somos todos, então, fazedores dessa história.