O Quinto Mandamento
Estamos procurando rememorar os preceitos básicos do Cristianismo, religião dominante no Mundo Ocidental e que se encontra no ano dois mil e onze de sua vigência (2011).
Portanto, não se trata de algo abstrato ou de fantasia criada para preencher os vazios da mente humana. Mas é evidente que elucubrações diversificadas, através dos tempos, sobretudo após a Idade Média, procuram abalar os alicerces do Cristianismo ao que tudo indica se aproximando do panteísmo, que aos poucos vai se revigorando com o cientificismo que por sua vez se apóia na modernidade tecnológica insaciável em seu contínuo avanço.
O momento é difícil, pois a “gramática cristã” está sendo infiltrada de erros e desvirtuamentos comprometedores e a tarefa de reformas e correções parece não encontrar operários competentes e eficientes.
Na breve incursão que estamos fazendo, na recapitulação dos Dez Mandamentos, hoje diremos uma palavrinha sobre o quinto preceito, não matar.
Praticar o homicídio, graças a Deus, é cogitação excludente da maioria dos humanos. Todavia, nos tempos em que vivemos, com a degradação da civilização, face o aumento da “mentalidade hedonista e consumista”, o impulso a violência (física, psíquica, moral), implica em admitir que as violações ao quinto mandamento também se diversificaram e aumentaram, não consistindo exclusivamente no simples ato de matar.
Assaltos, seqüestros relâmpagos e assemelhados todos são considerados como violações do quinto mandamento. Os abortos aumentaram assustadoramente com a lassidão e permissividade dos novos costumes, liberalizados ao máximo, exigindo a criação de entidades em específica luta contra essas nocivas e criminosas práticas.
No plano inclinado da devassidão dos costumes cresce o número de infanticídios (recém nascidos abandonados em sacolas de lixo, etc.), fratricídios, matri e parricídios não se excluindo os constantes uxoricídios decorrentes de separações e divórcios tumultuados, não aceitos pelos cônjuges, etc.
Faço agora curiosa observação. Os quatro primeiros mandamentos encerram preceitos positivos, ou seja, atos de fazer. Exigem atitudes que manifestam o que vai em nosso interior, em nosso íntimo e sejam positivadas na realidade de alguma forma.
Já a partir do quinto mandamento os preceitos são negativos, ou seja, proíbem todas as manifestações ou atos que neles se encontram especificados. Portanto, o “sim” e o “não” são vocábulos amplamente valorizados e daí se deduz porque o livre arbítrio, que nada mais é do que a consagração da liberdade, ínsita no ser humano é intocável e inviolável pelo próprio Criador, justificando-se, dessa forma, aquelas sábias palavras de Santo Agostinho:” Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti.” (Apud Bíblia Sagrada da Univ. de Navarra, pg.926, edições Theológica).
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- roberto corrêa