O sentido da vida
Viver a plenitude do Amor de Deus, eis o caminho para a vida eterna!
Uma leitura atenta da vida deixa claro que não viemos aqui por acaso, nem estamos aqui à toa. Fazemos parte fundamental de um projeto grandioso de Amor de Deus. Não somos uma criatura qualquer, mas filhos amados do Divino Pai Eterno. Reconhecer isso e aproveitar dessas prerrogativas já é um bom começo para vivermos melhor e buscar caminhos de amor que nos levam a uma vida mais santa e feliz.
Uma outra verdade é que não fomos criados para a individualidade, para o isolamento, muito menos para a pura materialidade. Somos, acima de tudo seres espirituais e divinos. Formamos o povo de Deus e Ele nos chama à Comunhão de vida plena.
A tão sonhada felicidade só é possível diante de uma harmonia de vida, ou seja, estar de bem com Deus, com os irmãos, nossos companheiros de jornada, com a natureza, nossa casa comum e com nós mesmos. Não somos uma ilha, interessa-nos quem está ao nosso lado. É fundamental valorizarmos os nossos relacionamentos. É preciso perceber e entender que ninguém pode tudo e que ninguém é feliz sozinho.
Comunhão de vida significa partilhar o que temos e somos. Todos temos dons, talentos e reservas que podem e devem ser colocados a serviço da vida.
Somos limitados e fracos para enfrentar a vida sozinho; somos o que somos, graças a Deus e a tantas pessoas que passaram e passam em nossa vida. Sejamos pois agradecidos!
Padre Zezinho resume isso no refrão de sua música: “Erguer as mãos com alegria, mas repartir também o pão de cada dia!”
Servir é viver em comunhão, é temperar a vida com o Amor de Deus, é rechear nosso viver com a bondade, a misericórdia e o perdão, a solidariedade, a paciência, a compreensão, a fraternidade.
Servir é doar-se, abrir-se ao outro. Tudo é partilhável: as orações, o tempo, a atenção, a mão amiga, a inteligência, os conhecimentos, os recursos materiais...
É assustador o quanto podemos fazer pelos outros e o quanto eles podem fazer por nós.
Dom Paulo Mendes Peixoto, em um de seus artigos, lembra que a vida “não pertence à pessoa, mas foi-lhe dada de graça para ser fonte de realização humana”. Fala ainda da oferta da vida: de graça recebemos, de graça devemos ofertar. E garante: “Vida ofertada é vida feliz e cheia de vitórias”.
Fácil?
Nem tanto! O homem é um ser teimoso. Prefere seguir seus próprios caminhos, suas próprias verdades e vontades. Acaba prisioneiro do orgulho, da vaidade e da autossuficiência, submetendo-se ao egoísmo e às disputas de poder.
Por isso, caminha para um materialismo que oprime, discrimina e explora, que ignora Deus e o próximo.
Com certeza, os seres humanos precisam de um sentido para sua vida, mas o procuram no lugar errado, nas coisas erradas, no modo errado de viver e conviver.
Infelizmente, são muitos os que passam a vida aceitando como definitivos os vários sentidos de vida propostos pelos mundo: sucesso profissional, ter bastante dinheiro, prazeres sem limite, poder e vários outros, mas que, ao final, se revelam decepcionantes, insuficientes para uma existência realizadora e feliz.
Uma sociedade sem Deus e sem Amor é uma sociedade doente que precisa de cura.
Salve Maria!