Publicado: Sexta-feira, 2 de maio de 2008
O uso do laptop na Educação
Sexta-feira passada, dia 25 de abril de 2008, fui para o Rio de Janeiro participar do II Encontro de Laptops na Educação. Foi um evento extremamente gratificante que reuniu representantes das Escolas Pilotos dos cinco estados brasileiros: SP. TO, RJ, DF e RS. Os relatos foram muito interessantes e esclarecedores.
Contaram que foram poucas as escolas pilotos que conseguiram trabalhar com a estrutura 1.1, ou seja, um computador por aluno. A maioria teve que desenvolver estratégias de tempo de uso, de recarga de bateria e muitos não puderam levar o computador para casa, diariamente, como reza a regra do Projeto.
A princípio ninguém sabia ao certo, tanto aluno quanto professor, como utilizar o laptop. Os primeiros contatos foram para conhecer e explorar seu funcionamento.
Já de início houve partilha das descobertas e nesse momento, alunos e professores estavam horizontalizados no conhecimento. Se comportavam de forma parecida trocando informações e mostrando que nessa nova realidade ninguém é mais o dono do saber.
Como em qualquer situação sempre há aquele que tem mais facilidade e, portanto se destaca. A este foi designada a função de “monitor” auxiliando aqueles que apresentavam mais dificuldades.
Percebe-se então uma mudança de paradigmas. Deixa-se de falar de maneira igual para entendimentos diferentes. Começa-se a agir com interatividade e colaboração permitindo que o aluno se manifeste em relação ao que lhe é importante, respeitando-lhe a individualidade propiciando que lhe sejam desenvolvidas competências.
Ao se respeitar a individualidade se está respeitando o direito à criação. A criatividade é a ferramenta principal numa época em que o conhecimento é o diferencial.
Somente ter a posse de um laptop não significa estar incluído digitalmente. É preciso que o aluno deixe de ser expectador para se tornar autor. Para isso o professor deverá instigar a curiosidade e o raciocínio, motivando-o a pensar, desenvolvendo-lhe uma postura crítica, tornando-o consequentemente um formador de opinião.
O uso do laptop na Educação virá potencializar mudanças de comportamento. Será um divisor de águas na aprendizagem.
Como já dizia Paulo Freire “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades ao aluno para sua própria construção”.
Comentários