O verdadeiro Natal
“O Senhor está pra chegar, já se cumpre a profecia.
E o Seu Reino então será liberdade e alegria...”
Natal é a festa da Alegria, da Esperança e da Luz. A mesma alegria que sentiram os Anjos do Céu, os Reis Magos, o velho Simeão... Alegremos-nos, nasceu-nos um Menino, o Salvador. Renovam-se nossas esperanças, o Reino de Deus está próximo; Deus está aqui, caminha ao nosso lado; é apenas preciso que, à semelhança dos discípulos de Emaús, o reconheçamos e peçamos que fique conosco. Ele é a Luz dos povos e das nações.
Celebrar o Natal é celebrar Cristo. Na Igreja, nas famílias e na sociedade. Infelizmente, não é o que vemos. Cristo está desaparecendo dessa grande festa cristã, ficando confinado aos altares das Igrejas.
Celebrar o natal é celebrar os valores cristãos vividos ao longo do ano ...
O perdão, que nos permite reconciliar-nos com Deus e com os irmãos, abrindo o nosso coração para que haja Paz.
A compreensão, que nos torna mais tolerantes e nos permite viver como irmãos.
O respeito, que nos leva a aceitar os outros como eles são evitando julgamentos, recriminações e condenações.
A sinceridade, que nos afasta da mentira e nos faz caminhar na Verdade.
O diálogo, revestido de "misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência" (Colossenses 3, 12).
A simplicidade, virtude das almas grandes e das pessoas nobres, capaz de enterrar o orgulho e a arrogância, que tanto mal fazem ao coração humano.
A generosidade, que abre o nosso coração aos outros e nos permite compartilhar os bens, o carinho, o afeto, a ternura, o tempo, a alegria e a esperança...
Preocupa-nos o rumo que o Natal está tomando. Seu verdadeiro sentido, o cristão, está-se tornando puramente material: consumo, presentes, comes e bebes...
Nada contra a festa; aliás, o tempo é de grande importância e pede uma grande festa, uma grande comemoração. No entanto, estamos diante de um natal pagão; os valores fundamentais que deveriam nortear o Natal estão sendo esquecidos, ignorados. Cristo insiste em nascer e morar no coração humano, mas parece que não é bem vindo. Ficamos com uma festa de aniversário, comemorada sem o aniversariante...
O presépio é o símbolo do Natal. Não são os pinheiros brancos de neve, não são as renas voadoras puxando o trenó, não são as árvores de natal, as bolas coloridas e muito menos o papai-noel.
Mas o presépio está sendo descartado. Estão mudando os costumes, as tradições. Shoppings e lojas lembram esse tempo: lá vemos de tudo, menos o presépio. E até nas casas já não é tão frequente, o que priva, desde cedo, nossas crianças do contato com o sagrado.
Mais uma vez recorremos à família, única instituição capaz de recristianizar o Natal, e de mostrar aos filhos os valores verdadeiros. É preciso colocar Deus de volta na vida humana, sem o que sua plenitude se torna impossível.
É urgente acreditarmos na força transformadora do Natal. Façamos o possível para que o Cristo encontre as portas abertas, seja acolhido e participe conosco de sua festa.
Um feliz e santo Natal!
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