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Publicado: Segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O verdadeiro Natal

“O Senhor está pra chegar, já se cumpre a profecia.
            E o Seu Reino então será liberdade e alegria...”

Natal é a festa da Alegria, da Esperança e da Luz. A mesma alegria que sentiram os Anjos do Céu, os Reis Magos, o velho Simeão... Alegremos-nos, nasceu-nos um Menino, o Salvador. Renovam-se nossas esperanças, o Reino de Deus está próximo; Deus está aqui, caminha ao nosso lado; é apenas preciso que, à semelhança dos discípulos de Emaús, o reconheçamos e peçamos que fique conosco. Ele é a Luz dos povos e das nações.

Celebrar o Natal é celebrar Cristo. Na Igreja, nas famílias e na sociedade. Infelizmente, não é o que vemos. Cristo está desaparecendo dessa grande festa cristã, ficando confinado aos altares das Igrejas.

Celebrar o natal é celebrar os valores cristãos vividos ao longo do ano ...

O perdão, que nos permite reconciliar-nos com Deus e com os irmãos, abrindo o nosso coração para que haja Paz.

A compreensão, que nos torna mais tolerantes e nos permite viver como irmãos.

O respeito, que nos leva a aceitar os outros como eles são evitando julgamentos, recriminações e condenações.

A sinceridade, que nos afasta da mentira e nos faz caminhar na Verdade.

O diálogo, revestido de "misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência" (Colossenses 3, 12).

A simplicidade, virtude das almas grandes e das pessoas nobres, capaz de enterrar o orgulho e a arrogância, que tanto mal fazem ao coração humano.

A generosidade, que abre o nosso coração aos outros e nos permite compartilhar os bens, o carinho, o afeto, a ternura, o tempo, a alegria e a esperança...

Preocupa-nos o rumo que o Natal está tomando. Seu verdadeiro sentido, o cristão, está-se tornando puramente material: consumo, presentes, comes e bebes...

Nada contra a festa; aliás, o tempo é de grande importância e pede uma grande festa, uma grande comemoração. No entanto, estamos diante de um natal pagão; os valores fundamentais que deveriam nortear o Natal estão sendo esquecidos, ignorados. Cristo insiste em nascer e morar no coração humano, mas parece que não é bem vindo. Ficamos com uma festa de aniversário, comemorada sem o aniversariante...

O presépio é o símbolo do Natal. Não são os pinheiros brancos de neve, não são as renas voadoras puxando o trenó, não são as árvores de natal, as bolas coloridas e muito menos o papai-noel.

Mas o presépio está sendo descartado. Estão mudando os costumes, as tradições. Shoppings e lojas lembram esse tempo: lá vemos de tudo, menos o presépio. E até nas casas já não é tão frequente, o que priva, desde cedo, nossas crianças do contato com o sagrado.

Mais uma vez recorremos à família, única instituição capaz de recristianizar o Natal, e de mostrar aos filhos os valores verdadeiros. É preciso colocar Deus de volta na vida humana, sem o que sua plenitude se torna impossível.

É urgente acreditarmos na força transformadora do Natal. Façamos o possível para que o Cristo encontre as portas abertas, seja acolhido e participe conosco de sua festa.

Um feliz e santo Natal!

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