Obrigado, Bento XVI
Bento XVI renuncia, sob a compreensão e um misto de saudade dos seus afilhados, o mundo católico.
Na sua audiência pública derradeira, na Praça de São Pedro, na manhã amena de 27 de fevereiro, o povo demonstrou exatamente essa mescla de carinho e pesar porque Sua Santidade se despedia. Nas recentes aparições em Roma, tem sido aplaudido por fiéis de todas as partes.
Em uníssono, o sentimento do povo revelava um ar de tristeza e saudade antecipadas, mas de apoio também.
Sua criteriosa decisão revelou amor à Igreja e a tomou mesmo ciente de que há mais de meio século, um Papa não abdicava de seu posto.
O fato histórico de que se abre mais uma vez um Conclave, confirma a assistência e inspiração perenes do Divino Espírito Santo.
Desde João Paulo II, inovou-se com a opção de se eleger um Pontífice de nacionalidade não italiana.
Por isso que a tentativa de um vaticínio sobre o país de origem do novo Papa é meramente especulativa, uma tarefa de que a mídia nela se envolve tanto ou como os próprios Cardeais.
Seja como for, embora carente de tantas ações de revigoramento da fé, numa época em que o homem se inclina muito mais ao prazer, ao imediatismo e se subjuga à modernidade pagã, a Igreja não vacila nem treme. Sente o peso da inversão de valores, mas dentro de poucos dias o comando da nau católica encontra de novo, como sempre, timoneiro seguro.
Suas Eminências estarão inspirados e compenetrados para que em poucos dias os católicos se orgulhem do nome escolhido para sua direção espiritual.
Como toda barca se sujeita a procelas, esta - da Igreja - às vezes se ressente da maré algo revolta para depois refluir na bonança possível.
Erguem-se loas e gratidão a Deus Nosso Senhor, pela providência de conceder Pontífices, a zelar pela Igreja através dos tempos.
O fato, em suma, é que nestes dias o mundo está focado em Roma.
E não se trata de Olimpíadas nem de Copa do Mundo.
Obrigado, Bento XVI.