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Publicado: Sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Oito anos

Oito anos
A data de 29 de novembro, neste 2007, marca mais um aniversário de um acontecimento grandioso para a cidade de Itu, na sua reconhecida tradição de cidade eminentemente católica.
 
Chega-se ao oitavo ano da implantação da adoração permanente ao Santíssimo Sacramento, na capela desse nome, na lateral esquerda da igreja-monumento, a Matriz, da Paróquia de Nossa Senhora da Candelária.
 
Não se faz uma comemoração ribombante e estrondosa, mas não se deixa também de ocupar data tão cara para uma reflexão de ordem espiritual. Espiritualidade, a essência da alma e de que, nem por isso, o mundo se ocupa hoje. Que pena.
 
Pois é. Trazida a lembrança de um evento importante nesse aspecto mas que não provoca alarde, chega-se à conclusão de que não será nunca possível mensurar, avaliar, a quantidade e a qualidade das graças que recaem sobre a cidade e os seus habitantes, pelo fato de que ali, diariamente, algumas pessoas, dia todo, se ajoelham para um momento de colóquio com Jesus Cristo. Vivo, presente e atencioso aos pedidos e súplicas.
 
Ao final da adoração, mais conhecida como permanente e que, na verdade, em Itu, dadas as contingências atuais, é apenas diurna (das sete e trinta às dezessete horas), de segunda a sexta, o fecho se dá com a bênção do Santíssimo. Breves momentos de adoração e preces, este sim coletivo, num dos atos litúrgicos mais belos da Igreja, usual no passado, aos sábados à noite, ao tempo em que as missas de preceito só aconteciam no domingo.
 
Itu revive essa piedosa prática. E todos os dias!
 
Na fórmula de louvores – uma oração logo após a bênção dada aos fiéis – reza-se por tudo e por todos, a começar do presidente da nação, dos estados, governantes municipais, pelo clero em geral e pelo pároco em particular (que ventura! saber o Vigário que todas as tardes ele é alvo e objeto de prece especial). Não são esquecidos os que já foram para o convívio do Senhor e as pessoas pelas quais precisamos rezar ou aquelas que até se recomendaram às nossas orações. Inimaginável a chuva de graças que com a fórmula de louvores recai sobre a cidade, o estado, o país e sobre todos os brasileiros. Talvez inexista oração mais abrangente que essa.
 
Itu – é comum que esse fato toda hora seja lembrado – sempre contou, espiritualmente, com dois autênticos pára-raios de zelosas irmãs em permanente oração, em sua vida de clausura, trabalho e recolhimento, as freiras do Convento das Mercês e as do Mosteiro Redentorista. Não será demais acrescentar um outro ponto de apoio a essa certeza de orações, através da adoração diurna, desde 29 de novembro de 1999. Constitui-se de um elo perfeito, inequívoco tripé de ligação direta dos céus com a terra.
 
Como – a cada aniversário - já se falou nas crônicas anuais, a adoração diurna em Itu foi acalentada anos a fio e desse sonho jamais esmoreceram as pessoas que a idealizaram. Por justiça e obediência à verdade, em 1999, o então responsável pela Paróquia da Candelária, Padre Antonio Benedito Spoladore, consultado, acabou por ser um entusiasta da idéia e na sua gestão inaugurada.
 
Interessante explicar também que a adoração diurna não se trata de uma prática a contar com um contingente elevado de pessoas a todo tempo presentes. É de sua natural característica que sempre os devotos se revezem e, com algumas pessoas apenas, mesmo que poucas, passem por ali na medida do possível. Uma vigília para Jesus que atende a todos, numa audiência sem marcar hora.
 
Graças e louvores se dêem a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
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