Os sinais de que Jesus voltará
O ser humano tem uma curiosidade natural por tudo o que seja muito fantástico ou sobrenatural. Qualquer coisa que os distraia um pouco da normalidade do cotidiano. Provas disso são as diversas lendas existentes em praticamente todas as culturas e povos do mundo. No que diz respeito ao cristianismo e suas origens, desde que Jesus iniciou sua vida pública houve os que lhe pediram várias vezes demonstrações de milagres e sinais. Entretanto, os milagres de Cristo nunca foram por ele realizados com o objetivo de provar algo para alguns. O Filho do Homem sempre agia movido pela mais pura compaixão para com os sofredores, enfermos e pecadores.
Para aquele que tem fé, os sinais são dispensáveis. Você crê e pronto. Nada mais precisa ser acrescentado. Foram assim várias profissões de fé dos apóstolos em relação à condição de Cristo como o Filho unigênito do Pai. Acreditar sem ver foi o que faltou no caso do apóstolo Tomé, quando lhe contaram sobre a ressurreição de Jesus.
Demonstrações e sinais não são essenciais para quem tem fé, mas isso não quer dizer que os mesmos não tenham a sua importância. Quando falou aos discípulos sobre a volta do Filho do Homem, Jesus pediu que ficassem atentos aos sinais. Fez até uma comparação com a figueira, dizendo que ao observá-la podemos saber o tempo em que nascerão seus frutos. Da mesma forma, observando o que nos cerca, poderemos perceber o momento de sua nova vinda.
A vinda de Jesus, cheio de poder e majestade, ainda não aconteceu. Mas há de acontecer. Assim como subiu aos céus, Cristo descerá dele para finalmente julgar toda a humanidade. Somente o Pai sabe qual será o dia e a hora, mas que há de suceder não restam dúvidas. Jesus pode voltar com seus anjos agora mesmo, enquanto você lê este artigo. Ou pode voltar daqui a mil anos. Na realidade, não importa tanto saber o quando. Mais importante é permanecermos vigilantes e atentos, principalmente conosco mesmos. A título de reflexão, cabe aqui um exercício bastante imaginativo: o que você faria se a segunda vinda de Cristo acontecesse hoje?
Jesus diz aos discípulos que haverá um grande tempo de sofrimento, que o sol ficará escuro, que a lua deixará de brilhar, que as estrelas irão despencar do céu e que todo o universo será abalado. Muitos quiseram enxergar nessa descrição uma possível hecatombe nuclear, prenunciando o “fim do mundo” e a conseqüente vinda do Filho do Homem para o julgamento final. De nada adianta tentar transformar as palavras de Cristo em suposições apocalípticas. O máximo que conseguiríamos seria colocar medo nas pessoas mais simples, além de criar grupos de fanáticos cegos e confusos. Assim como todas as outras, devemos acolher essas palavras de Jesus com muita serenidade, a fim de podermos refletir e tirar dela o que realmente nos importa para a caminhada de fé.
Muitos acham que Cristo é uma lenda, um personagem de uma história inventada pela Igreja. Há os que dizem que ele nunca existiu, exigindo provas de sua passagem sobre a terra. Para decepção desses, posso afirmar que Jesus não só existiu como ainda existe, ressuscitado que está à direita de Deus. Jesus não só passou por esta terra como ainda permanece conosco, até o fim dos tempos, através da Igreja que fundou e principalmente na sagrada Eucaristia que temos o privilégio de freqüentar nas santas missas.
Aos que acham ser a segunda vinda de Jesus apenas mais uma história inventada, cabe dizer que ela acontecerá algum dia, porque é uma promessa divina. E Deus nunca quebra suas promessas. A história de Cristo com a humanidade não terminou com sua ascensão, quando partiu para o céu, de volta para o Pai. A história de Jesus com os seres humanos continua ainda hoje, nos inúmeros testemunhos que temos das várias graças que seus seguidores conseguem para as próprias vidas, por causa da fé que nele possuem. Assim a história de Jesus com o gênero humano ainda terá mais um capítulo, quando Deus o enviar novamente, junto com seus anjos, para julgar-nos a todos. Tão certo quanto uma figueira dá figos, Jesus voltará. Fiquemos atentos aos sinais.
Amém.